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Brancos são maioria dos presos por terrorismo no Reino Unido

Pelo segundo ano consecutivo, brancos superam negros e asiáticos; islamismo radical ainda prevalece, mas extrema-direta cresce de forma constante

Internacional|Do R7

Reino Unido teve 117 brancos presos por terrorismo
Reino Unido teve 117 brancos presos por terrorismo Reino Unido teve 117 brancos presos por terrorismo

O número de brancos presos por terrorismo cresceu pelo segundo ano seguido no Reino Unido, superando o número de negros e asiáticos detidos.

Segundo números oficiais divulgados pelo Ministério do Interior britânico, 117 pessoas brancas foram presas sob suspeita de terrorismo em 2019, contra 111 asiáticos e 21 negros.

Entre as ideologias que motivaram as prisões, o islamismo radical lidera, com 77%. Outros 18% dos presos tinham visões de extrema direita e os 6% restantes eram alinhados com ideologias não especificadas e esclarecidas.

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Mesmo sendo a ideologia mais seguida, o número de presos por islamismo radical foi 8% menor que o pico que teve em 2017. Em compensação, o alinhamento com a extrema-direita tem crescido rápida e consistemente nos últimos 3 anos e já é considerada a maior ameaça dentro do Reino Unido.

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Das 231 prisões, 205 pessoas foram condenadas (89% dos casos). Os outros 11% estão presos aguardando julgamento.

Até o dia 30 de setembro, 54 pessoas presas sob acusação de terrorismo foram libertadas. Destas, 42 foram liberadas depois de completarem a sentença. As sentenças cumpridas variavam entre 1 ano de cadeia até prisão perpétua. 

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Para o jornal britânico The Independent, o diretor de estudos internacionais de segurança na Royal United Services Intitute, Raffaello Pantucci, aponta que os suspeitos brancos incluem supremacistas brancos, pessoas que se converteram ao islamismo e aqueles que não tem uma ideologia especificada.

Terrorismo no Reino Unido

Em novembro do ano passado, o Ministério do Interior tinha abaixado o nível de terrorismo no Reino Unido de “grave” para “substancial”, o menor em 5 anos. Apesar da redução dos riscos ou a iminência de um ataque terrorista, a península ainda não se sente segura.

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O crescimento da ultradireita é sentido em toda a Europa, onde apenas dois parlamentos não têm membros da extrema-direita entre os membros eleitos pela população.

Entre as pautas defendidas entre os alinhados com a ultradireita estão o racismo, a xenofobia, a necessidade de proteger o país de imigrantes e acreditar na supremacia nacional. Com isso, os seguidores da ideologia organizam marchas, entram para a política e difundem suas ideias pela internet, para angariar mais seguidores.

Nos Estados Unidos, os supremacistas brancos estão seguindo os passos dos jihadistas para angariar seguidores e conseguir financiamento para a causa. Mas, diferentemente do Reino Unido, os EUA não olham para supremacistas brancos como uma ameaça à segurança nacional. 

Em 2016, o grupo neo-nazista National Action foi banido no Reino Unido e os membros presos. Mesmo com a criação de grupos menores, os membros e líderes foram presos em operações da polícia.

“Nós precisamos que famílias, amigos, colegas e comunidades locais reconheçam que intervenção precoce não vai arruinar a vida de alguém, mas salvá-la, e potencialmente salvar a vida de outras pessoas também”, conclui Pantucci.

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