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Cachorro que acompanhou protestos na Bolívia tem milhares de fãs no Facebook

Internacional|

La Paz, 1 ago (EFE).- Um vira-lata que acompanhou as mobilizações populares na cidade boliviana de Potosí se transformou no ícone dos protestos e conquistou mais de 20.300 fãs no Facebook. O cão, batizado de Petardo, se uniu às mobilizações durante a caminhada dos dirigentes do Comitê Cívico Potosinista (Comcipo) rumo a La Paz no começo do mês passado, contou por telefone à Agência Efe o presidente da entidade, Jhonny Llally. O cachorro apareceu pela primeira vez quando os manifestantes chegaram a Caracollo, a 193 quilômetros de La Paz, na região andina de Oruro (oeste). "De lá para cá, passou a andar conosco, mas aparecia e desaparecia. Quando chegamos a La Paz sua presença passou a ser constante na marcha e então não se separou mais até o fim das mobilizações", relatou. Petardo ganhou esse nome, pois ao contrário de outros cachorros, não fugia quando ouvia as explosões de fogos que ocorriam diariamente nos protestos. Segundo Llally , ele participou de todas as passeatas, inclusive as que foram reprimidas com gás lacrimogêneo e jatos d'água. A delegação da Comcipo voltou a Potosí na última quinta-feira depois de não conseguir acordos com os ministros do presidente Evo Morales sobre as 26 demandas de desenvolvimento para a região. Petardo voltou junto. Os integrantes do grupo foram recebidos como heróis por milhares de pessoas que acabaram se rendendo ao cão, que ganhou um colete vermelho e um colar com seu nome gravado em uma plaquinha em forma de osso. A fama dele chegou ao Facebook, onde a página "Petardo: Potosino y Federalista", criada há uma semana, já tem mais de 20.300 curtidas e uma infinidade de comentários, além de fotos e vídeos. A greve e os bloqueios de estradas registrados desde 6 de julho em Potosí para exigir atenção às reivindicações tiveram uma pausa de 12 horas ontem para que os moradores da cidade pudessem se abastecer de alimentos e sacar dinheiro e foram retomados hoje. Os potosinos exigem, entre outros pontos, a construção de uma hidrelétrica, três hospitais, mais estradas, fábricas de vidro e cimento, um aeroporto internacional e a preservação do Cerro Rico, a principal atração turística da cidade, deteriorada pela ação mineradora. O presidente Morales e seus ministros desqualificaram por várias vezes os dirigentes potosinos e questionaram a legitimidade da ação, com o argumento de ser incentivada pela direita boliviana. EFE gb/cdr

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