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Candidato governista da Argentina diz ter recebido apoio de Dilma

Internacional|

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato governista à Presidência da Argentina, Daniel Scioli, afirmou nesta terça-feira ter recebido o apoio da presidente Dilma Rousseff à sua candidatura durante uma audiência no Palácio do Planalto.

“Torcemos por seu triunfo. Vai ser importante para a região”, teria dito Dilma, segundo o governador da província de Buenos Aires e apoiado pela presidente Cristina Kirchner.

O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, não confirmou as palavras da presidente, mas disse que Dilma garantiu apoio caso Scioli seja eleito.

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“A presidente afirmou sua disposição de cooperar com o futuro governo evidentemente tendo em vista a perspectiva que ele ganhe as eleições. Eu não vou dizer que desejou a vitória dele, nem vou dizer o contrário”, disse.

“A presidente reafirmou que a Argentina é um eixo fundamental para o Brasil e evidentemente está disposta após a eleição de dar toda a cooperação”, acrescentou.

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Marco Aurélio ainda defendeu o fato de a presidente receber um candidato à Presidência de um outro país, alegando ser “muito comum”. Nos meios diplomáticos, no entanto, o fato é visto como uma declaração de preferência. De acordo com Marco Aurélio, nenhum dos outros candidatos argentinos pediu audiência com Dilma.

Scioli, que está em primeiro lugar nas pesquisas mais recentes para a eleição de 25 de outubro, deu declarações de apoio a Dilma contra a possibilidade de abertura de um processo de impeachment pelo Congresso.

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“Eu sou fiel defensor da governabilidade, da institucionalidade e confio que as instituições da República, com grande maturidade, irão atuar com responsabilidade”, disse. “Na Argentina, também vivemos esse triângulo midiático, jurídico e político. As forças opositoras, ao não terem chegado legitimamente ao poder por voto popular, buscam deslegitimar e atacar governos eleitos.”

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MERCOSUL

Depois de um encontro de aproximadamente uma hora com a presidente Dilma, Scioli defendeu uma maior integração comercial entre Argentina e Brasil e o fortalecimento do Mercosul, com a formação de parcerias nas áreas de infraestrutura e logística para tornar mais competitivas as economias do bloco.

"Nós temos de colocar todo o esforço na integração comercial e na complementação entre os países", disse. "A Argentina tem a predisposição de trabalhar junto com o Brasil para buscar novos mercados que potencializem nossas exportações em condições justas", acrescentou.

Scioli pediu à presidente que ajude na liberação de mecanismos que permitam à Argentina financiar em prazos mais longos a importação de produtos brasileiros. Essa é uma alternativa que vem sendo estudada pelo governo brasileiro há pelo menos um ano, a pedido da Argentina, e que serviria para que o país vizinho voltasse a liberar as importações.

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