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Candidatos afegãos finalizam negociações sobre futuro governo de unidade

Acordo deve por fim a crise que se prolonga desde acusações de fraude nas eleições

Internacional|

Eleições no Afeganistão foram realizadas em 14 de junho
Eleições no Afeganistão foram realizadas em 14 de junho Eleições no Afeganistão foram realizadas em 14 de junho

Os candidatos a ocupar a presidência do Afeganistão, Abdullah Abdullah e Ashraf Gani, finalizaram neste sábado (20) as negociações sobre o acordo que garante a formação de um governo de unidade quando se anuncie o resultado das eleições.

Um membro da equipe de Abdullah, Fazlur Rahman Orya, assegurou à agência local AIP que, concluídas as negociações, o acordo no qual estão expostos os pontos a seguir na criação do governo de união nacional será assinado "em breve" pelos dois candidatos.

O anúncio uniu-se hoje às declarações à AIP do porta-voz da IEC (Comissão Eleitoral do Afeganistão), que assegurou que estão "prontos" para anunciar entre hoje e amanhã os resultados do segundo turno das eleições afegãs de 14 de junho.

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A aceitação dos resultados pelos dois candidatos e a inclusão do derrotado em um posto importante do novo governo vai por fim a uma crise que se prolonga desde que Abdullah, alegando fraude, rejeitou os resultados preliminares que davam a vitória a Gani. No entanto, a mediação do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que viajou em duas ocasiões ao Afeganistão para suavizar as tensões entre os candidatos, fez com que chegassem a um acordo para que se revisassem os 8,1 milhões de votos do turno final.

A análise da autenticidade das cédulas começou em 17 de julho e sofreu várias interrupções pelos desacordos entre Abdullah e Gani sobre os critérios para determinar a validade dos sufrágios. Na segunda-feira passada a Comissão Eleitoral reconheceu que durante o segundo turno aconteceu "uma fraude em grande escala realizada pelas forças de segurança, governadores e membros da IEC" e anunciou a invalidação dos votos depositados em 1.028 colégios eleitorais, 16% do total.

O Afeganistão atravessa um de seus períodos mais sangrentos depois que no ano passado as forças de segurança afegãs assumiram a responsabilidade da segurança após a retirada paulatina da missão da Otan (Isaf), que terminará definitivamente no final de 2014. Apesar da retirada da Otan, os Estados Unidos anunciaram que manterão cerca de 9.800 soldados em território afegão até o final de 2016.

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