Mark Meadows, ex-chefe de Gabinete de Donald Trump, está cooperando com a comissão do Congresso dos Estados Unidos que investiga a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro, por parte de seguidores do ex-presidente, disse, nesta terça-feira (30), o titular da comissão.
O parlamentar Bennie Thompson, que preside o painel, declarou que Meadows forneceu arquivos à comissão e "logo comparecerá para um depoimento inicial".
Meadows era o chefe de Gabinete de Trump quando os seguidores do ex-mandatário invadiram o Capitólio em um esforço para evitar a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais.
Inicialmente, Meadows havia ignorado uma citação para testemunhar diante da comissão da Câmara dos Representantes que investiga o ataque ao Capitólio, correndo o risco de ser processado por possíveis acusações de desacato.
Mas Thompson indicou nesta terça-feira, em comunicado, que Meadows "esteve trabalhando com a comissão por meio de seu advogado".
A comissão "espera que todos os testemunhos, incluindo o do sr. Meadows, proporcionem toda a informação solicitada e que a comissão está no direito legal de receber", assinalou Thompson.
Trump invocou o privilégio executivo presidencial na tentativa de evitar ter que entregar documentos solicitados pela comissão.
O ex-assessor de Trump Steve Bannon foi preso há duas semanas por desacato ao Congresso após recusar uma intimação para testemunhar perante a comissão. Os investigadores da Câmara dos Representantes consideram que Meadows e outros assessores e funcionários do ex-presidente podem ter informações sobre os vínculos entre a Casa Branca e a turba de seguidores que invadiu o Capitólio.
O painel já convocou diversos ex-funcionários da campanha de Trump e pessoal administrativo.