O Catar condenou neste sábado o assassinato "bárbaro" do jornalista americano James Foley pelo Estado Islâmico e rejeitou categoricamente as acusações de que dá suporte financeiro ao grupo militante.
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Os comentários do ministro das Relações Exteriores, Khaled al-Attiyah, vieram um dia após o governo alemão pedir desculpas por declarações de um ministro que acusou o Catar de financiar militantes do Estado Islâmico.
Attiyah classificou os comentários recentes como mal informados.
— O Catar não apoia grupos extremistas, incluindo Isis, de maneira alguma. Rejeitamos seus pontos de vista, seus métodos violentos e as suas ambições. A visão dos grupos extremistas para a região é uma que nós não apoiamos, e nunca faremos, de qualquer forma.
O Catar já havia negado apoiar os insurgentes islâmicos, que tomaram vastas áreas do norte do Iraque e do norte e leste da Síria.
Mas diplomatas e fontes da oposição dizem que ao mesmo tempo que o Catar apoia rebeldes relativamente moderados, também apoiados pela Arábia Saudita e o Ocidente, também tem apoiado as facções mais radicais que pretendem criar um Estado islâmico rigoroso.
Attiyah disse que o objetivo do Catar é fazer tudo o que poder pela paz e justiça em toda a região e pediu uma ação coletiva para acabar com a violência no Iraque e na Síria.
Ele pediu ao governo iraquiano para dar proteção e segurança para os seus cidadãos e prometeu que o Catar, um pequeno mas rico país do Golfo Árabe, continuará fornecendo ajuda humanitária ao povo iraquiano.
— A matança de civis inocentes e a fuga forçada de centenas de milhares de pessoas ameaça a própria existência do Iraque e a paz e a segurança de toda a região. Enquanto, junto com muitos outros países do Oriente Médio e mais ampla comunidade internacional, temos apoiado a oposição síria ao regime de Assad, nós não financiamos o Isis ou outras facções extremistas.
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