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Centenas de haitianos vão ao norte da Colômbia em rota humanitária

Cerca de 2,5 mil pessoas chegam por dia do sul do continente a Cali e ficam retidas na cidade pelas restrições das autoridades

Internacional|

Organizada pela Defensoria do Povo, rota visa facilitar fluxo à fronteira com Panamá
Organizada pela Defensoria do Povo, rota visa facilitar fluxo à fronteira com Panamá Organizada pela Defensoria do Povo, rota visa facilitar fluxo à fronteira com Panamá

Centenas de migrantes haitianos deixaram nesta sexta-feira (13) a cidade de Cali, no sudoeste da Colômbia, rumo ao norte do país, em uma rota humanitária organizada pela Defensoria do Povo do país e que visa facilitar o fluxo rumo à região de Darien, na fronteira com o Panamá.

Cerca de 2,5 mil haitianos chegam diariamente ao terminal de transporte de Cali vindos do sul do continente sul-americano e começam a ficar retidos na cidade devido às restrições impostas pelas autoridades migratórias.

As empresas de transporte, de acordo com a Defensoria, só podem levar diariamente até 300 migrantes. Portanto, alguns decidiram continuar a viagem a pé até a região conhecida como Eixo Cafeeiro, no centro do país.

A caminho de Necoclí

Os haitianos estão indo para Necoclí, uma cidade do departamento de Antioquia, no noroeste, onde tem havido um aumento no fluxo de migrantes desde meados de junho, conforme advertiu nesta sexta-feira a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

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De lá, eles esperam chegar a Acandí, no departamento de Chocó, antes de entrar em Darién, a perigosa fronteira natural entre o Panamá e a Colômbia. O destino da viagem são os Estados Unidos ou o Canadá.

"Há um fluxo constante de haitianos chegando do sul do país. Eles estão entrando pela fronteira com o Equador de forma irregular", disse Ivanov Russi, gerente do terminal de transporte de Cali, à Agência Efe.

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A Colômbia proíbe o transporte entre municípios de migrantes que tenham entrado irregularmente em seu território, uma medida que foi flexibilizada nesta semana para facilitar o trânsito de haitianos.

Travessia difícil

"A viagem é muito difícil, mas temos que continuar", disse Jhonny, um dos haitianos retidos no terminal de Cali, à Efe.

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O migrante, que deixou seu país em 2017 e se estabeleceu no Chile, lamentou que somente agora as autoridades colombianas lhes permitiram continuar a viagem.

A vice-presidente e ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, apelou na quarta-feira para a corresponsabilidade dos países que estão na rota migratória ao lidar com a crise de refugiados que o continente está vivenciando. Ela também convidou as partes a trabalharem juntas para dar respostas abrangentes às necessidades dos migrantes a partir de uma perspectiva humanitária.

Durante uma reunião virtual com ministros das Relações Exteriores do continente, Ramírez também solicitou a cooperação dos Estados Unidos e Canadá porque, como países de destino, eles podem apoiar os países de trânsito com tecnologia e vacinas contra o coronavírus para imunizar os migrantes.

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