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Chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que a Rússia não vencerá guerra
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Kuleba afirmou que esta mobilização pode ser vista como Vladimir Putin admitindo derrota
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Discurso de Kuleba foi feito durante reunião do Conselho de Segurança da ONU
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Para o chanceler, armar a Ucrânia é a melhor saída para deter a Rússia
Após discurso, Dmytro Kuleba deixou reuniu do Conselho de Segurança da ONU
Bryan R. Smith/AFP - 22.9.2022O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou nesta quinta-feira (22) perante a ONU que a mobilização parcial decretada pela Rússia será inútil: "Eles podem mobilizar 300 mil ou 500 mil pessoas, mas não vão ganhar esta guerra".
"A Rússia deve saber de uma coisa: nunca será capaz de matar todos nós", enfatizou Kuleba em um discurso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O ministro comparou o regresso à Ucrânia de "dezenas de milhares" de cidadãos dispostos a defender o país, assim que a invasão foi anunciada com os "milhares" de russos que ontem "reservaram voos internacionais para sair" do país assim que o presidente Vladimir Putin anunciou a mobilização de tropas.
Segundo Kuleba, o que Putin admitiu na última quarta-feira (21) com essa medida foi realmente "sua derrota".
"Hoje, cada ucraniano é uma arma pronta para defender a Ucrânia e os princípios da Carta das Nações Unidas. A Rússia vai fracassar e terá que assumir total responsabilidade pelo crime de agressão e crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio", insistiu.
O chefe da diplomacia ucraniana falou em uma sessão ministerial do Conselho de Segurança sobre a situação no país, na qual aproveitou mais uma vez para pedir aos aliados mais armas e dinheiro.
De acordo com o chanceler, armar a Ucrânia é a melhor maneira de deter Putin e prevenir novos crimes.
Dmytro Kuleba teve um breve encontro na sala do Conselho de Segurança com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, que participou da reunião apenas para fazer o discurso, saindo imediatamente logo depois.
Questionado na chegada sobre a possibilidade de falar com Lavrov, Kuleba respondeu ironicamente: "Vou manter distância social com ele".