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Chefe da agência ligada à ONU se oferece para viajar à usina nuclear de Chernobyl

Rafael Grossi, da Agência Internacional de Energia Atômica, quer negociar com a Ucrânia e a Rússia garantias para a segurança das instalações nucleares

Internacional|

Tropas russas ocupam a região da usina de Chernobyl
Tropas russas ocupam a região da usina de Chernobyl Tropas russas ocupam a região da usina de Chernobyl

O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, ofereceu-se nesta sexta-feira (4) para viajar à usina de Chernobyl e negociar com a Ucrânia e a Rússia garantias para a segurança das instalações nucleares ucranianas.

"Eu sinalizei à Federação Russa e à Ucrânia minha prontidão para viajar para Chernobyl o mais rápido possível", disse Grossi, chefe do órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas, em entrevista coletiva.

"Ambas as partes estão estudando o assunto", acrescentou.

Esta oferta é feita depois que o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, acusou Moscou de recorrer ao "terror nuclear" após o incêndio causado por um ataque russo à maior usina nuclear da Europa, que, no entanto, não experimentou um aumento nos níveis de radiação.

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As tropas russas ocuparam o local.

Os tiros de tanques russos contra a usina de Zaporizhzhia durante esta madrugada incendiou um prédio anexo, mas nenhum vazamento radioativo foi constatado, segundo as autoridades ucranianas e a AIEA.

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"Os sistemas de segurança do reator não foram afetados", disse Grossi.

As ferramentas para monitorar os níveis de radiação também estão "totalmente operacionais".

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"No entanto, a situação continua extremamente tensa e difícil", apontou o diretor da Agência, que vem alertando desde o início da invasão russa para o risco de um grave acidente nuclear.

"Esta é uma situação sem precedentes", repetiu, pois é a primeira vez que um conflito militar ocorre em um país com um grande programa nuclear.

A Ucrânia tem quinze reatores em quatro usinas e vários outros locais.

A central de Chernobyl, local do pior desastre nuclear da história em 1986, caiu nas mãos das tropas russas na semana passada.

Com a viagem à Ucrânia, Rafael Grossi espera "ter uma ideia melhor da situação no terreno e ser mais eficiente".

"A ideia é chegar a um acordo sobre um quadro" para garantir a segurança das instalações nucleares, insistiu, ciente de que tal viagem "não será fácil dadas as circunstâncias no terreno".

"É hora de agir. A AIEA deve fazer algo sobre o que está acontecendo, e não apenas tuitar", concluiu.

Uma possível viagem à Ucrânia ocorreria após sua visita ao Irã, marcada para o sábado (5) como parte dos esforços para resolver um processo paralelo às negociações em Viena destinadas a salvar o acordo de 2015.

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