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Colômbia exige pronta reação da OEA sobre crise na fronteira com a Venezuela

Internacional|

Washington, 31 ago (EFE).- A Colômbia exigiu nesta segunda-feira que o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) emita uma "pronta reação" sobre a crise na fronteira com a Venezuela e pediu que o órgão não se mantenha à margem nem fique em silêncio sobre essa "grave situação humanitária". "Viemos doloridos, ultrajados, indignados. Assistimos atônitos a deportação arbitrária e os maus-tratos aos compatriotas só pelo fato deles sem colombianos e não terem os documentos necessários", disse hoje o embaixador colombiano na OEA, Andrés González. As declarações marcaram o início do encontro extraordinário do Conselho Permanente realizado hoje pela OEA, a pedido da Colômbia, para debater sobre a convocação de uma reunião de consulta aos ministros das Relações Exteriores de todo o continente para abordar a situação na fronteira com a Venezuela. A Colômbia pretende expor aos chanceleres a crise humanitária provocada pela deportação de mais de mil colombianos que viviam no estado venezuelano de Táchira, além dos 7.162 que abandonaram o país voluntariamente, segundo dados oficiais. "Invadir as casas, tirá-los à força, separar as família, não deixá-los tirar seus próprios bens e marcar as casas. Marcar as casas para depois derrubá-las. Por Deus!", afirmou o embaixador colombiano na OEA durante um incisivo discurso. "Esses atos são inaceitáveis, que lembram episódios amargos da humanidade e não podem se repetir. Menos ainda no novo mundo da democracia e das pessoas livres", acrescentou. A crise teve início quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento de um trecho de 160 dos 2.200 quilômetros da fronteira entre os dois países, alegando que isso auxiliaria no combate ao contrabando e ao paramilitarismo. A Colômbia quer uma reunião de chanceleres da OEA o mais breve possível para "denunciar que as deportações coletivas não estão de acordo com o direito internacional e requerem um devido processo". A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, anunciou a realização um encontro na próxima quinta-feira com os chanceleres dos países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Resta saber se a Venezuela aceitará também abordar o tema na OEA um órgão que o país critica com firmeza por considerar que atende aos interesses dos Estados Unidos. EFE cg/lvl

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