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Como o serial killer que aterrorizou a Califórnia se escondeu por 40 anos

Joseph DeAngelo foi preso na última quarta-feira (25), acusado de dezenas de estupros e assassinatos em duas regiões diferentes da Califórnia

Internacional|Fábio Fleury, do R7, com agências internacionais

Joseph DeAngelo é acusado de ser o Matador da Golden Gate
Joseph DeAngelo é acusado de ser o Matador da Golden Gate Joseph DeAngelo é acusado de ser o Matador da Golden Gate

Na última quarta-feira, a polícia de Sacramento, na Califórnia (EUA), anunciou a prisão de Joseph DeAngelo, 72, acusado de ser o "matador da Golden State", autor de pelo menos 12 assassinatos, 51 estupros e mais de 120 assaltos a residência em duas regiões do estado norte-americano, entre 1976 e 1986.

Agora, a polícia começa a descobrir como o criminoso conseguiu passar tantos anos se escondendo no meio da região onde ele havia atacado, sem ser descoberto ou capturado. Durante as quatro décadas, centenas de policiais de dez delegacias diferentes investigaram as cenas onde DeAngelo havia cometido crimes.

Treinamento na polícia

Segundo especialistas, o treinamento que DeAngelo recebeu, tanto como ex-policial quanto como veterano da Marinha norte-americana, pode ter sido decisivo para que ele tenha permanecido tanto tempo em liberdade. O assassino jamais deixou uma impressão digital ou prova física na cena de um crime.

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Para Carol Daly, policial aposentada de Sacramento, que foi uma das primeiras pessoas a investigar os crimes cometidos por DeAngelo, a capacitação do suspeito e o cuidado com que ele invadia as casas foram decisivos para que ele permanecesse 40 anos em liberdade.

"Ele sempre usou luvas e máscara. Entrava e saía das casas sem as vítimas sequer notarem. Qualquer pessoa que passe por treinamento policial aprende tudo sobre provas, como elas são coletadas e como são deixadas para trás, então é claro que isso teve influência. Ele era muito cuidadoso", afirmou Daly. "É um grande alívio que ele esteja preso".

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Resposta no DNA

A polícia só conseguiu chegar ao suspeito, que vivia em um subúrbio de Sacramento próximo a vários locais onde ele cometeu crimes, por conta de vestígios de DNA encontrados nas cenas dos crimes. Ao comparar as amostras com um banco de dados online de genealogia, os investigadores localizaram um parente do criminoso.

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Isso aconteceu seis dias antes da prisão. Policiais de Sacramento seguiram DeAngelo, que até então jamais havia sido apontado como suspeito, nos dias seguintes e conseguiram uma amostra de DNA de um objeto que ele jogou no lixo na rua.

"Sabíamos que teríamos de usar as técnicas mais inovadoras de identificação genética para chegar até ele. Achamos uma agulha no palheiro e ela estava aqui mesmo, em Sacramento", disse Anne Marie Schubert, procuradora da capital da Califórnia.

Conforme as investigações foram sendo relacionadas, ficou evidente que o matador também se deslocava para áreas distantes de sua casa e cometia crimes também em locais onde ele não seria reconhecido, dificultando as conexões.

Segundo a reportagem do BuzzFeed, essa foi a primeira vez que um banco de dados genéticos foi usado de maneira bem sucedida, como forma de obter provas para a polícia.

Trajetória

DeAngelo se alistou na Marinha norte-americana em 1964, logo após se formar numa escola secundária. Ele serviu por quase 2 anos na Guerra do Vietnã.

Depois de se formar em direito criminal, ele entrou para a polícia de Auburn, na Califórnia, em 1973. Ficou até 1979, quando foi expulso após ser acusado de roubar uma lata de repelente para cães e um martelo em uma loja.

Durante seu período na polícia, ele começou a invadir casas para roubar. Depois, passou a estuprar mulheres que encontrava sozinhas dentro dos imóveis.

Após ser expulso da corporação, ele passou 27 anos trabalhando como mecânico em um centro de logística até se aposentar, no ano passado.

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