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Comunidade internacional não considera legítimo referendo na Crimeia e estuda aplicação de sanções

União Europeia e EUA já declararam que descondiderarão resultado das urnas

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Manifestantes contrarios ao referendo protestam em frente a Embaixada russa no Canadá
Manifestantes contrarios ao referendo protestam em frente a Embaixada russa no Canadá Manifestantes contrarios ao referendo protestam em frente a Embaixada russa no Canadá

Autoridades da Crimeia declararam que pedirão oficialmente sua unificação ao território russo nesta segunda-feira (17), contrariando parte da comunidade internacional que continua a considerar ilegítimo o referendo realizado na região autônoma.

A União Europeia (UE) condenou oficialmente a votação de domingo (16), a qual chamou de "ilegal e ilegítima", e anunciou que sanções serão definidas hoje.

"O referendo é ilegal e ilegítimo. O resultado não será reconhecido", afirmaram os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão, Herman Van Rompuy e José Manuel Barroso, em um comunicado conjunto, no qual destacam que os ministros das Relações Exteriores se pronunciarão hoje sobre novas sanções.

"A solução para a crise na Ucrânia deve ser baseada na integridade territorial, na soberania e na independência da Ucrânia, no marco da Constituição da Ucrânia, assim como o estrito cumprimento das normas internacionais", ressaltaram.

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Barroso e Van Rompuy consideraram que a única solução para a crise da Crimeia passa pelos "processos diplomáticos" e deve incluir "discussões diretas" entre Moscou e Kiev.

"A União Europeia tem uma especial responsabilidade com a paz, a estabilidade e a prosperidade no continente europeu e continuará perseguindo estes objetivos utilizando todos os canais disponíveis", afirmaram.

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Os presidentes da Comissão e do Conselho reiteraram sua "enérgica condenação à violação, não provocada, da soberania e da integridade territorial da Ucrânia" e exigiram que a Rússia retire os soldados que disponibilizou em meio ao conflito, "em conformidade com os acordos pertinentes".

Os Estados Unidos também rejeitaram o referendo no qual a Crimeia votou a favor da anexação à Rússia, e criticaram as ações "perigosas e desestabilizadoras" de Moscou nesta crise.

"Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

— Os Estados Unidos têm apoiado firmemente a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia desde que ela declarou a sua independência, em 1991, e rejeitamos o 'referendo' realizado hoje [domingo] na região ucraniana da Crimeia.

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Carney ressaltou que a Rússia desdenhou dos apelos da Ucrânia e da comunidade internacional, aumentando sua intervenção militar na Crimeia e iniciando exercícios militares na fronteira oriental da Ucrânia.

— As ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras. (...) Como os Estados Unidos e nossos aliados deixaram claro, a intervenção militar e a violação das leis internacionais levarão a um aumento dos custos para a Rússia — não apenas devido às medidas impostas pelos Estados Unidos e por seus aliados, mas também como um resultado direto das ações desestabilizadoras da Rússia.

Estados Unidos e UE devem anunciar na segunda-feira uma série de sanções, incluindo a proibição de vistos e o bloqueio de bens, em represália à consulta sobre a anexação da república autônoma da Crimeia à Federação Russa.

As sanções que são cogitadas pelos 28 países membros da UE afetariam de "25 a 30" personalidades da Ucrânia e da Rússia, "politicamente significativas", afirmaram fontes diplomáticas na sexta-feira (14) em Bruxelas.

Estas sanções, que incluem o congelamento de bens e a proibição de vistos, afetariam "sete ucranianos", provavelmente autoridades políticas pró-Moscou da Crimeia, e alcançaria de "25 a 30" pessoas, segundo as mesmas fontes.

Segundo pesquisas de boca de urna do Instituto de Pesquisa Política e Sociológica da República da Crimeia, os habitantes na Crimeia decidiram com 93% dos votos se tornar parte da Rússia.

"Noventa e três por cento dos habitantes da Crimeia se pronunciaram a favor de se integrar à Rússia e 7% se pronunciaram a favor do status autônomo da Crimeia dentro da Ucrânia", de acordo com a pesquisa, divulgada pelas autoridades separatistas da Crimeia.

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