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Confrontos entre polícia israelense e palestinos deixam 90 feridos

Tensões por possível despejo de famílias palestinas em favor de colonos de Israel aumentam violência em Jerusalém

Internacional|Da AFP

Palestinos protestaram contra Israel em diversos pontos da Faixa de Gaza e Cisjordânia
Palestinos protestaram contra Israel em diversos pontos da Faixa de Gaza e Cisjordânia Palestinos protestaram contra Israel em diversos pontos da Faixa de Gaza e Cisjordânia

Mais de 90 pessoas ficaram feridas na noite deste sábado (8) após novos enfrentamentos entre policiais israelenses e manifestantes palestinos em diversos bairros de Jerusalém, um dia depois dos choques mais graves dos últimos anos na Cidade Santa, que ampliam temores de uma espiral de violência.

Leia também: Tensão cresce em Jerusalém por possível expulsão de palestinos

Na madrugada deste domingo (horário local), um foguete foi lanzado de Gaza "até território israelente" disse o exército, que acrescentou que bombardeou com um ataque aéreo "um posto militar do Hamas" no sul da Faixa de Gaza, um enclave palestino de dois milhões de habitantes governado pelo movimento islamista.

"Houve 90 feridos durante confrontos violentos" em Jesusalém, informou o Crescente Vermelho palestino, revisando um saldo anterior de 50 feridos.

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Segundos membros desse corpo de resgate, a maior parte dessas pessoas, entre elas menores de idade, ficaram feridas pelo impacto de balas de borracha e bombas de efeito moral. Um fotógrafo da AFP viu uma mulher com o rosto ensanguentado.

As forças de segurança israelenses também usaram um canhão com água podre para dispersar os palestinos, alguns dos quais jogaram pedras contra a polícia nos choques ocorridos em vários locais de Jerusalém Oriental.

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Na noite de sexta, os confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islamismo (chamado de Monte do Templo pelos judeus) entre policiais israelenses e grupos de palestinos deixaram mais de 200 feridos e provocaram apelos por calma por parte dos Estados Unidos, União Europeia e potências regionais.

Na noite de sábado, dezenas de milhares de palestinos rezaram com relativa tranquilidade na Esplanada depois do iftar, a comida que rompe o jejum do Ramadan. O diretor da mesquita de Al Aqsa, situada na Esplanada, pediu "calma" aos fiéis, segundo presenciou um repórter da AFP.

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No bairro de Sheikh Jarrah, local de protestos diários há vários dias contra o possível despejo de famílias palestinas para instalar colonos israelenses, os palestinos voltaram a tomar as ruas e alguns jogaram pedras contra as forças de segurança locais, que afirmam terem detido duas pessoas por supostamente usar "gás de pimenta" contra seus agentes.

Antes, a polícia havia informado que restringiu o acesso à Cidade Velha de Jerusalém Oriental para impedir que palestinos participassem de "distúrbios violentos".

Um ônibus que vinha do sul da cidade foi parado e a polícia prendeu alguns dos passageiros palestinos, segundo constatou um jornalista da AFP.

"Querem nos impedir de ir a Al Aqsa", declarou Ali al Komani, de 40 anos, perto da entrada do local sagrado.

Tensão

Há várias semanas a tensão é crescente em Jerusalém e na Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Israel, onde os palestinos se manifestaram contra restrições deacesso impostas por Israel em determinados setores durante o Ramadan e a possível expulsão das famílias de Sheikh Jarrah.

O Hamas pediu aos palestinos que fiquem na Esplanada até terça-feira, o último dia do Ramadan e ameaçou Israel com ataques caso a Corte Suprema ratifique os despejos das famílias dos imóveis disputados em uma sessão prevista para segunta.

Na Faixa de Gaza, perto da valeta que separa o território palestino de Israel, os soldados israelenses jogaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes palestinos.

Depois da violência de sexta, os EUA pediram às autoridades israelenses e palestinas "que ajam para colocar fim à violência". Também mostraram preocupação com "a possível expulsão das famílias palestinas de Sheikh Jarrar".

A Arábia Saudita, líder das monarquias do Golfo Árabe, condenaram os possíveis despejos, assim como Irã, Tunísia, Turquia, Jordânia e Egito. A Rússia, a ONU e a União Europeia também pediram que Israel "atue com moderação".

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