O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o ataque deste sábado (28) contra a missão da organização no Mali, que causou três mortes. A organização advertiu que o ato pode constituir um crime de guerra. Os 15 países membros do Conselho pediram ao governo do Mali para investigar com rapidez e levar a questão para que Justiça responsabilize os autores.
Dois soldados das Nações Unidas, da Guiné-Conacri, e um civil morreram e 14 pessoas ficaram feridas no ataque a um acampamento da ONU na cidade de Kidal, no nordeste do Mali. No local, conhecido como Minusma, vivem 9.000 militares, mais de 1.000 policiais e 1.000 civis.
O grupo jihadista Ansar Dine reivindicou o ataque. “Reivindicamos em nome de todos os 'mujahidines' o ataque contra o campo de Kidal” que é “uma resposta à violação das nossas terras pelos inimigos do Islã”, afirmou Hamadou Ag Khallini, um dos responsáveis do grupo.
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Criado em 2013 para garantir a segurança, ajudar a estabilizar o país e a implementar um roteiro de transição na sequência de um golpe de Estado. O campo da ONU, conhecido como Minusma, fica no norte do Mali e está sob o controle do grupo jihadista, que é ligado a Al Qaeda, desde março de 2012.
No último dia 20, outro ataque contra o Grand Hotel Radisson Blu na capital maliana, fez 150 reféns, entre clientes e empregados, e terminou com a morte de mais de 20 pessoas. O ataque foi reivindicado naquele dia pelo grupo 'jihadista' Al-Al-Murabitun, ligado à Al-Qaeda.