O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (6) uma declaração unânime — a primeira desde a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro — na qual expressa "forte apoio" ao secretário-geral da organização, António Guterres, "em busca de uma solução pacífica" ao conflito, informaram fontes diplomáticas.
Redigida por Noruega e México, a declaração, obtida pela AFP, não chega a apoiar a mediação de Guterres, tal como previa a primeira versão do texto discutido desde quinta-feira (5).
A aprovação da declaração é a primeira manifestação de unidade do Conselho de Segurança sobre a guerra. Pouco depois do início do conflito, a Rússia vetou uma resolução de condenação que pedia a retirada das forças armadas de solo ucraniano.
Sucinto, o texto indica que o "Conselho de Segurança manifesta sua profunda preocupação com a manutenção da paz e da segurança na Ucrânia".
Os 15 membros do Conselho recordam também em sua declaração "que todos os Estados-membros devem estar comprometidos, em virtude da Carta das Nações Unidas, com a obrigação de solucionar suas diferenças internacionais por meios pacíficos".
Por fim, o texto pede a Guterres que apresente um relatório após a adoção da declaração.
Marginalizada desde o início do conflito, a ONU, cuja missão é garantir a paz no mundo, não se impôs até agora como possível mediador para uma solução pacífica. A organização apenas intervém na Ucrânia e países vizinhos desempenhando um papel principalmente humanitário.