A coalizão conservadora da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ampliou a liderança sobre seus rivais do Partido Social Democrata (SPD, na sigla em alemão) em uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, seis meses antes do que deve ser uma eleição bastante disputada na maior economia da Europa.
Mas a sondagem do instituto Forsa mostrou que 59% dos entrevistados também querem mudanças na liderança, o que pode indicar o anseio por uma coalizão diferente. Merkel, no poder há 11 anos, vem governando com o SPD desde 2013.
Ela quer conquistar um quarto mandato na votação de 24 de setembro, mas está enfrentando um desafio inesperadamente difícil da parte do novo líder do SPD, Martin Schulz, que fez o apoio a seu partido aumentar cerca de 10 pontos percentuais desde que foi escolhido quase dois meses atrás.
A pesquisa, realizada pouco antes de um encontro partidário que formalizou a liderança de Schulz no final de semana, mostrou que seu impacto positivo cedeu ligeiramente e que o SPD perdeu um ponto, estando agora com 31% das intenções de voto.
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O bloco conservador de Merkel — a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã da Baviera (CSU) — tem 34% das intenções, crescimento de 1 ponto percentual em relação a uma sondagem da semana passada.
O levantamento também revelou que, em uma hipotética votação direta para chanceler, Merkel obteria 41% dos votos, um aumento de 2 pontos percentuais em comparação com a semana anterior, e Schulz ficaria com 33% das urnas, um recuo de 3 pontos percentuais.
A legenda de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) continuou na casa dos 9%, e os partidos Verdes e Esquerda atraem 7% do eleitorado cada.