A Coreia do Norte disparou um "míssil balístico não identificado", informou o Exército sul-coreano nesta quinta-feira (3), horas depois que a Coreia do Sul anunciou que vai prolongar os exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos diante das provocações de Pyongyang.
"A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado", disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. O disparo foi precedido por outros lançamentos nesta quinta-feira (3), incluindo o de um míssil balístico intercontinental, que Seul afirma ter falhado.
O país governado por Kim Jong-un realiza testes balísticos frequentes desde janeiro deste ano, o que fez aumentar a tensão na região. Na última quarta-feira (2), pelo menos 23 mísseis foram disparados, e um deles atingiu, pela primeira vez, uma região próxima das águas territoriais da Coreia do Sul.
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O Exército de Seul afirmou que o míssil caiu no mar a apenas 57 quilômetros do continente sul-coreano e descreveu o lançamento como "altamente incomum e intolerável".
A situação inédita foi classificada pelo presidente Yoon Suk-yeol como "uma invasão territorial".
Pyongyang também fez cem disparos de artilharia, o que foi interpretado por especialistas como uma resposta "agressiva e ameaçadora" aos exercícios militares realizados pela Coreia do Sul em conjunto com os Estados Unidos.
Medo no Japão
A NHK, emissora de televisão pública do Japão, chegou a interromper a programação na quarta-feira e pediu à população que não saísse de casa, depois que um míssil supostamente lançado pela Coreia do Norte sobrevoou o país e caiu no Pacífico.
O gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida afirmou que o projétil passou sobre o arquipélago por volta das 7h48 (horário local).
Em seguida, o ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, foi à imprensa para explicar que o míssil, na verdade, não voou sobre o território do país, mas tinha potencial de atingir a região norte da ilha.
"Foi detectado que o míssil tinha potencial para sobrevoar o arquipélago japonês, então o alerta foi lançado", disse Hamada. "Depois de termos analisado as informações, confirmamos que o míssil não atravessou o arquipélago japonês, mas desapareceu no mar do Japão", acrescentou.