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Cubanos olham para o futuro pós Raúl Castro com cautela

Sessão para escolher o novo presidente de Cuba começou nesta quarta-feira (18) e deve acabar na sexta-feira. Miguel Díaz-Canel é principal candidato

Internacional|

Presidente deve ser escolhido até sexta-feira (20)
Presidente deve ser escolhido até sexta-feira (20) Presidente deve ser escolhido até sexta-feira (20)

Parlamentares cubanos iniciaram uma sessão de dois dias para escolher o primeiro presidente não pertencente à família Castro em mais de 40 anos nesta quarta-feira (18), abrindo caminho para líderes comunistas jovens que serão pressionados a levar mais prosperidade ao país e revitalizar a economia debilitada.

Muitos creem que o substituto do presidente Raúl Castro será o primeiro vice-presidente Miguel Díaz-Canel, engenheiro de 57 anos que tem entusiasmo por tecnologia e parece ser liberal socialmente, mas que é considerado um nome confiável para seguir os passos dos líderes históricos da revolução de 1959 que agora saem de cena.

O próximo presidente deve ser cauteloso a princípio e tentar consolidar o apoio dos conservadores, apesar do anseio por um desenvolvimento mais acelerado de uma economia menor do que era em 1985, quando a ilha recebia subsídios da União Soviética.

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Reunidos em um centro de convenções de um bairro arborizado de Havana, 605 parlamentares da Assembleia Nacional essencialmente simbólica selecionarão 30 outros membros do Conselho de Estado cubano e o sucessor de Raúl, que assumiu o lugar de seu irmão Fidel em 2008.

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Raúl, de 86 anos, realizou mudanças abrangentes, melhorando consideravelmente as relações com os Estados Unidos pela primeira vez desde que os rebeldes liderados por Fidel derrubaram um ditador apoiado pelos EUA, e fazendo reformas de mercado cautelosas em uma das últimas economias de estilo soviético do mundo.

Mas como a economia está sendo afetada pela crise na aliada Venezuela e as relações com Washington voltaram a se tensionar no governo do presidente Donald Trump, alguns cubanos estão descrentes de uma melhoria de vida e se sentem apreensivos com o que virá adiante.

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"Neste momento não sabemos o que o futuro nos reserva", disse Adriana Valdivia, professora de 45 anos de Havana. "Raúl é assunto encerrado e Fidel é história antiga".

"Não enxergo uma saída para ajudar os cubanos a viverem melhor, os salários estão iguais e não pagam as contas, e agora Trump está apertando o cerco com o bloqueio, imaginem só", disse Adriana, que recebe cerca de 24 dólares por mês.

O próximo presidente deveria "aumentar a velocidade das mudanças em Cuba e ao mesmo tempo preservar as coisas boas", opinou o blogueiro Harold Cardenas, de 32 anos, acrescentando que a resistência às reformas econômicas impulsionadas por Raúl vem travando o país.

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