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Cultivo de ópio cresceu 36% no Afeganistão apesar da intervenção dos EUA

Internacional|

Nova Délhi, 21 out (EFE).- O cultivo de ópio no Afeganistão cresceu 36% em 2013 em relação ao ano anterior até alcançar um recorde, apesar de desde 2002 Washington investir US$ 7,6 bilhões contra essas plantações, informou nesta terça-feira o organismo que supervisiona os fundos americanos nesse país. O Escritório de Inspeção Geral no Afeganistão (SIGAR) apresentou um relatório no qual critica o uso milionário de fundos americanos sem resultados visíveis. "Apesar de gastar mais de US$ 7 bilhões para combater o cultivo do ópio e desenvolver as capacidades do governo afegão na luta contra o narcotráfico, se alcançaram números recorde em 2013", assegura o SIGAR. Segundo o Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), a produção de ópio em 2013 aumentou 49% em relação a 2012 e sua área de cultivo cresceu até os 209.000 hectares, muito acima do recorde anterior de 193.000 hectares registrado em 2007. O relatório do SIGAR cita a embaixada dos Estados Unidos em Cabul, que reivindica o envolvimento total do Executivo afegão e seus cidadãos para combater a expansão do ópio. "O fracasso em reduzir o cultivo de ópio se deve à falta de apoio por parte do governo afegão", sentenciou o Departamento de Defesa americano, como reação aos dados do SIGAR. O Afeganistão é o principal produtor de papoila-dormideira do mundo e, em 2012, 75% da heroína mundial procedia deste país (contra 90% registrado até 2010), apesar dos esforços da comunidade internacional em erradicar seu cultivo e impulsionar outros tipos de plantações. De acordo com dados da ONU, as receitas geradas pelo ópio financiam 15% das atividades dos talibãs, que aumentaram suas ações contra as forças governamentais. O Afeganistão atravessa um de seus períodos mais sangrentos depois que no ano passado as forças locais se tornaram responsáveis pela segurança após a retirada paulatina da missão da Otan, que terminará no final deste ano. Os Estados Unidos anunciaram que manterão cerca de 9.800 soldados em território afegão até o final de 2016. EFE mt/rsd

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