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De soldados a parteiras, Turquia demite mais 15 mil servidores após tentativa de golpe

Mais de 125 mil de pessoas foram demitidas ou suspensas desde o golpe

Internacional|

Novos cadetes se forma o exército turco
Novos cadetes se forma o exército turco Novos cadetes se forma o exército turco

A Turquia demitiu nesta terça-feira (22) mais 15 mil servidores públicos, de soldados e policiais a fiscais da Receita e parteiras, e fechou 375 instituições e veículos de mídia, aprofundando os expurgos realizados após uma tentativa fracassada de golpe de Estado.

As dispensas mais recentes, anunciadas em dois decretos, elevam para mais de 125 mil o número de pessoas demitidas ou suspensas nas Forças Armadas, no funcionalismo público, no Judiciário e em outros setores desde o golpe fracassado de julho. Cerca de 36 mil estão presas e aguardam julgamento.

Aliados europeus vêm criticando a amplitude dos expurgos do governo do presidente turco, Tayyip Erdogan, e alguns vêm pedindo um congelamento nas negociações de filiação da Turquia à União Europeia. Uma autoridade de alto escalão da Organização das Nações Unidas (ONU) classificou as medidas como "draconianas" e "injustificadas".

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Erdogan rejeita as críticas, dizendo que a Turquia está determinada a extirpar seus inimigos em casa e no exterior, e estuda pode reinstituir a pena de morte no país. Ele acusou nações ocidentais de se alinharem a conspiradores por trás da tentativa de golpe de julho e de abrigarem terroristas.

Quase 2 mil membros das Forças Armadas, 7.600 policiais e mais de 5 mil funcionários de instituições públicas, como enfermeiras, médicos e engenheiros, tiveram suas demissões anunciadas nos decretos desta terça-feira devido à suspeita de ligações com "organizações terroristas".

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Seus nomes foram listados no Diário Oficial, que deixou claro que eles não poderão requerer nenhuma indenização nem procurar emprego no serviço público. Os decretos foram emitidos mediante a lei de emergência imposta na esteira da tentativa de golpe, que permite a Erdogan e ao governo contornar o Parlamento.

Ancara culpa o clérigo Fethullah Gulen, radicado nos Estados Unidos, e sua rede de seguidores por terem orquestrado a tentativa de deposição, durante a qual mais de 240 pessoas morreram. Gulen nega envolvimento.

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