Departamento de Estado dos EUA publicará amanhã mais e-mails de Clinton

Washington, 29 jun (EFE).- O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta segunda-feira que publicará amanhã uma nova rodada de e-mails da candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, quando era secretária de Estado. O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, informou hoje em sua entrevista coletiva diária que nesta terça-feira os documentos serão publicados, mas não acrescentou nenhum detalhe sobre eles. Este ano Hillary se viu envolvida em uma nova polêmica quando se preparava para lançar sua pré-candidatura à presidência pelo Partido Democrata, depois da revelação de que tinha utilizado sua conta de e-mail privada para assuntos de interesse nacional. Diante desta situação, a oposição republicana exigiu que as comunicações que Hillary manteve desde sua conta privada e que poderiam interferir na segurança do país se tornassem públicas. Atendendo às exigências, e a pedido da própria Hillary, que insistiu que estes documentos fossem publicados para despejar qualquer tipo de dúvida, em maio o Departamento havia desclassificado cerca de 300 e-mails, a maioria relacionada ao polêmico atentado de Benghazi, na Líbia. Esses e-mails já tinham sido revisados pelo Comitê da Câmara dos Representantes que investigava o ataque de 11 de setembro de 2012, em que morreu Chris Stevens, embaixador dos Estados Unidos na Líbia, e outros três cidadãos americanos. Os republicanos criticaram duramente a gestão desta crise pela então secretária de Estado, especialmente pelas declarações iniciais que atribuíram o ataque a uma multidão que protestava contra um vídeo que debochava do profeta Maomé. A bancada republicana na Câmara dos Representantes quer que a ex-secretária de Estado testemunhe, o que Hillary aceitou, desde que sejam acordadas as condições do comparecimento. Alguns republicanos consideram que o governo do presidente Barack Obama tentou diminuir relevância do ataque, a poucos meses das eleições presidenciais de novembro de 2012, quando ele disputava a reeleição. EFE rg/cd