Aquino, à direita, em foto com o político Rangel Silva
Reprodução/Twitter/10.11.2018O deputado venezuelano Tomás Lucena — membro da Assembleia Nacional Constituinte que detém os poderes legislativos na Venezuela — foi morto a tiros nesta quarta-feira (10), segundo informações divulgadas pelo jornal El Universal.
O assassinato ocorreu na cidade de Valera, no estado de Trujillo, quando Lucena, de 31 anos, andava em sua caminhonete e foi interceptado por dois homens em uma moto. Os suspeitos fizeram disparos e fugiram do local. O deputado chegou a ser levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o El Universal, as autoridades que investigam o caso trabalham com a possiblidade de vingança como uma das causas do assassinato.
Políticos manifestaram sua indignação pelo ocorrido: "Exigimos a mais profunda das investigações e que tomemos como 'atiramento político' como principal responsabilidade deste assassinato", disse Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação, a uma emissora estatal. Para o líder, a morte de Lucena se assemelha a de outros dirigentes oficiais, como o assassinato do deputado Robert Serra, morto a facadas em sua residência em 2014.
O governador do estado de Trujillo, Rangel Silva, também se pronunciou: "Repudiamos o vil assassinato do jovem constituinte do município Escuque Tomás Lucena. Não permitiremos que este crime fique impune
A Assembleia Nacional Constituinte não é reconhecida pela oposição do país, que acusa o presidente Nicolás Maduro de ordenar a instituição do órgão apenas para ter poder também sobre o legislativo, já que todos os deputados da casa são pró-governo.
Para os opositores é a Assembleia Nacional, eleita no fim de 2015, que, de fato, representa o desejo dos eleitores. Nesta casa, três quartos dos deputados são da oposição.