Leandro Stoliar e Luís Felipe Silveira visitam um bunker em Kiev, capital da Ucrânia
Record TV/R7Faz frio em Kiev, capital da Ucrânia. A temperatura bateu em 5 graus negativos, mas tivemos a sorte de gravar num lugar bem longe do vento gelado do leste europeu.
Nesta quarta-feira foi decretado pelo governo o Dia da União Ucraniana. O dia 16 de fevereiro foi escolhido porque seria a data da invasão russa ao país. As pessoas saíram de casa com acessórios e roupas nas cores da bandeira da Ucrânia, azul e amarelo. Vimos isso de perto.
É impressionante como os ucranianos são patriotas. Todos. Não apenas os militares.
O presidente Volodymyr Zelensky tenta encontrar uma maneira diplomática para a crise, mas conversei com o embaixador Rostyslav Tronenko, que morou no Brasil quase dez anos, e ele me disse que a Ucrânia não vai ceder aos caprichos do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Isso significa que ainda há risco de uma guerra.
Por isso, os ucranianos começaram a reativar os bunkers ou abrigos antiaéreos, que podem proteger o povo até de um ataque nuclear. O curioso é que a estação de metrô mais profunda do mundo fica na Ucrânia, e fomos lá visitá-la. Construída na época da antiga União Soviética para abrigar a população de ataques durante a Guerra Fria, hoje pode ser usada em caso de um ataque da Rússia. Que ironia, né?
A estação de metrô mais profunda do mundo fica em Kiev, capital da Ucrânia
Record TV/R7Os mais jovens não sabem que a estação de metrô na capital ucraniana, na verdade, é um esconderijo para proteger muita gente ao mesmo tempo. Nazar, de 13 anos, diz que nunca soube, mas espera que não haja ataques...
Conhecemos também um bunker escondido embaixo da maior estação de trem de Kiev. Usado na Segunda Guerra Mundial, esse é igual àqueles que vemos em filmes. Fica 5 metros abaixo do solo e comporta cerca de 2.000 pessoas, que podem permanecer ali por até três dias. Tem comida, água, banheiro, telefone analógico e até telégrafo. No caso de um ataque, Kiev tem 5.000 abrigos antiaéreos para proteger a população. Uma estrutura impressionante.
A Rússia pode até negar que quer atacar a Ucrânia, postar vídeos que mostram a retirada das tropas da fronteira, mas parece que os ucranianos não acreditam muito nessa história.