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Dia 5: desembarque em Kharkiv, a 30 km da fronteira com a Rússia

Cidade no leste da Ucrânia é o centro da tensão com Moscou após ataques promovidos por grupos separatistas

Internacional|Leandro Stoliar, da Record TV

Leandro Stoliar embarca para Kharkiv, cidade no leste da Ucrânia
Leandro Stoliar embarca para Kharkiv, cidade no leste da Ucrânia Leandro Stoliar embarca para Kharkiv, cidade no leste da Ucrânia

Pegamos o trem às 6h da manhã em Kiev, capital da Ucrânia, em direção a Kharkiv, a maior cidade perto da fronteira com a Rússia, no leste do país. Depois de 6 horas de uma viagem bem tranquila, chegamos ao nosso destino na hora do almoço.

Kharkiv é uma cidade bonita, com construções no estilo soviético, mas não fique na rua por muito tempo! O frio aqui é de congelar... Fazia 1 grau negativo quando desembarcamos, e o vento piorava ainda mais a situação. 

Mapa mostra a distância de Kharkiv até a capital, Kiev
Mapa mostra a distância de Kharkiv até a capital, Kiev Mapa mostra a distância de Kharkiv até a capital, Kiev

Kharkiv fica a 30 quilômetros da fronteira e foi a capital do país até o líder da União Soviética Josef Stalin decidir mudar o centro das decisões para Kiev.

Washington X Moscou

Entrevista com Volodymyr Fomichov

Foi perto de Kharkiv que o jornalista e publicitário Volodymyr Fomichov foi preso pelas tropas de ocupação russas. Ele havia acabado de chegar para visitar os pais em Donbass, região ucraniana ocupada pelos russos desde 2014. Volodymyr (que por coincidência tem o mesmo nome do atual presidente do país) passou dois anos numa cadeia sendo torturado.

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Entrevista com o jornalista e publicitário Volodymyr Fomichov, que foi preso e torturado pelos russos
Entrevista com o jornalista e publicitário Volodymyr Fomichov, que foi preso e torturado pelos russos Entrevista com o jornalista e publicitário Volodymyr Fomichov, que foi preso e torturado pelos russos

Nos primeiros dois meses, ele ficou sem contato com ninguém. Nesse período, apanhava todos os dias para que assinasse um documento confirmando que fazia parte de um grupo extremista: "Fui preso por ter participado das manifestações contra o governo pró-Rússia na época, e eles lembraram disso. Sofri tortura física e psicológica", disse o ucraniano na entrevista que gravamos num lugar reservado escolhido por ele.

Pronta para fugir

Julia, uma projetista que mora em Kiev e precisa viajar até Kharkiv para trabalhar, me diz que está preocupada com o perigo de passar alguns dias perto da fronteira com a Rússia. Ela não é a única...

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Nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, foi um dia de ataques na fronteira. Grupos separatistas que controlam a região lançaram um míssil numa creche. O disparo abriu um imenso buraco na parede, mas não feriu ninguém.

Em outro ataque, um colégio com 53 crianças e 16 adultos e um gasoduto foram atingidos, e a região ficou sem energia nem fornecimento de gás. Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, 27 localidades do país foram bombardeadas só na última quinta. No total, três pessoas ficaram feridas, entre elas um soldado, que permanece em estado grave.

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A Ucrânia acusa a Rússia de financiar os ataques. A Rússia nega. O clima de tensão aumenta.

A ucraniana Catarina já deixou mala e documentos preparados para sair de Kharkiv se a cidade for invadida. A estratégia é para proteger a filha Sofia, de 6 anos. Ela diz que não quer uma guerra, mas precisa se prevenir.

Hoje foi o dia em que a Rússia expulsou o vice embaixador americano de Moscou. Teria sido uma resposta pela expulsão de um diplomata russo da embaixada do país em Washington. O presidente americano, Joe Biden, voltou a dizer que a chance da Rússia invadir a Ucrânia nos próximos dias é muito alta. Se fizer isso, a cidade de Kharkiv, será uma das primeiras na rota das tropas enviadas por Moscou.

Estamos agora no centro da tensão mundial.

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