Dilma insiste em plebiscito para realizar reforma política

Brasília, 17 jul (EFE).- A presidente Dilma Rousseff insistiu nesta quarta-feira em sua proposta de realizar um plebiscito para realizar uma reforma política, algo praticamente descartado pelo Congresso. Dilma disse que os projetos para melhorar a representatividade do sistema político, controlar os gastos públicos e de combate à corrupção "exigem uma urgente participação da sociedade". "Quando se trata de reforma política, eu acho fundamental que nós tenhamos como base da reforma política a consulta popular", declarou a presidente em discurso durante reunião para comemorar os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). A prerrogativa de convocar plebiscitos corresponde ao Congresso, que praticamente descartou a possibilidade de realizar um plebiscito com validade para as eleições de 2014 devido à falta de tempo hábil. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, defendeu ontem que a reforma política seja elaborada pelo Congresso e depois submetida a um plebiscito. A Câmara criou na terça-feira um grupo de trabalho dedicado a estudar a reforma política, que realizou hoje sua primeira reunião, e que apresentará suas sugestões em um prazo de 90 dias. No fim de junho, após uma série de protestos, Dilma propôs cinco pactos a todos os governadores e prefeitos de capitais, entre eles um plebiscito para autorizar um "processo constituinte" para a reforma política. EFE mp/rsd