El Chapo reclama que revistas constantes não o deixam dormir

Esperando uma extradição aos Estados Unidos, o narcotraficante Joaquín Guzmán Loera, conhecido como El Chapo, reclamou que não consegue se comunicar com sua família e que é difícil dormir em meio a constantes revistas, muitas vezes com cães farejadores.

Detido na cadeia de Altiplano, no México, Chapo disse que é acordado a cada uma hora — e de noite a cada duas horas — para passar por revista.

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Reclamações chegaram aos veículos de imprensa mexicanos por meio do advogado do traficante.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, por sua vez, divulgou que a Justiça está trabalhando para "acelerar" a extradição ao país vizinho.

Histórico

Líder do cartel de Sinaloa, ele é considerado um dos maiores traficantes do mundo.

Ele foi recapturado no início de janeiro pela polícia mexicana. As autoridades teriam conseguido localizá-lo devido a um encontro do ex-traficante com o ator Sean Penn para uma entrevista.

Altas medidas de segurança foram impostas após ele escapar de uma prisão de segurança máxima em 15 de julho do ano passado.

Na ocasião, ele usou um túnel de 1,5 km que ligava o banheiro de sua cela até o outro lado dos muros do presídio. Ele já havia fugido anteriormente em 2001 em um carrinho de lavanderia com roupa suja.

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O tráfico internacional de drogas, que tem hoje os cartéis do México como protagonistas, passou por grandes mudanças desde a década de 80, conforme disse ao R7 o sociólogo Alejandro Villanueva Bustos, da Universidad Baja Califórnia, México, um dos maiores especialistas do mundo em assuntos relativos à América Latina

A partir dos anos 2000, com a ascensão dos cartéis mexicanos, que tiveram em "El Chapo" Guzmán seu chefe mais conhecido e detentor do controle local, o sistema sofreu uma fragmentação

"El Chapo" se aproveitou do novo modelo e se tornou o senhor do narcotráfico em toda a região, controlando importantes cartéis locais como o de Sinaloa, o do Golfo e o Nueva Generación

Depois da captura de "El Chapo", no último dia 8, Bustos considera que o México entrará em uma fase difícil, já que ele era o chefão de todos os demais narcotraficantes e cartéis do país

Como o núcleo da distribuição está centralizado no México, a prisão do líder também afeta a rede de tráfico de toda a América Latina

$Nesse momento, o comando se fracionou em muitos pequenos cartéis bem armados, que, na opinião do especialista, entrarão em guerra pelo poder em território mexicano$

— Irão aumentar consideravelmente o número de mortes e ocorrências de massacres no México, por causa dessa luta entre os pequenos cartéis pelo poder e pelo controle de rotas, assim como aconteceu na Colômbia nos anos 2000

Segundo Bustos, nos tempos em que o colombiano Pablo Escobar mantinha o negócio, todo o processo era centralizado no narcotráfico da Colômbia: o plantio da folha de coca, a transformação em cocaína e o transporte da droga até os Estados Unidos e Canadá

Analogias à parte, esse bolo de dinheiro próximo à chave de Bentley diz alguma coisa...

Atualmente, o processo está espalhado por toda a América Latina, segundo Bustos. E é facilitado pela ausência do Estado em grande parte dessas regiões. Os traficantes dominam tudo por meio da assistência social e da violência, conforme ele diz

Atualmente tudo é feito por etapas. A produção da folha de coca ocorre no Peru, na Bolívia e no Equador; a transformação é feita na Colômbia e o produto chega à costa norte colombiana e à fronteira com o Panamá, no golfo de Morrosquillo

— Narcotraficantes mexicanos recebem toneladas da droga nessas regiões e de lá fazem o transporte às cidades americanas

O túnel de Chapo (2001) — Joaquín ‘El
Chapo’ Guzmán, ex-líder do Cartel de Sinaloa, já escapou duas vezes da prisão.
Em 2001, fugiu com auxílio de um carrinho de lavanderia após subornar guardas.
Em 2015, surpreendeu ao escapar por um túnel iluminado e ventilado sob o
chuveiro de sua cela. Recapturado em 2016, permanece preso

Traficantes entregavam pessoalmente o produto em domicilio. A partir dos anos 2000, o narcotráfico na Colômbia ficou dividido entre vários cartéis menores

— Membros de carteis colombianos, nos anos 80 e 90, entregavam a droga nas casas de Chicago, Nova York e Los Angeles. Hoje, quem faz isso são os traficantes mexicanos, após receberem o material na costa colombiana

No entanto, a história era completamente falsa, e foi originada pelo portal satírico "Thug Life Vídeos"

— Nos anos 80, Pablo Escobar chegou a manejar com outros "capos" uma fortuna equivalente a 25 bilhões de dólares (cerca de R$ 102 bilhões) e o "El Chapo", até há pouco, manejava fortuna de 5 bilhões de dólares (cerca de (cerca de R$ 20,5 bilhões)

O montante de dinheiro envolvido no processo aumentou. Mas os ganhos foram diluídos e espalhados pela América Latina.
— Isso quer dizer que narcotráfico colombiano, por controlar todo o sistema e todas as rotas, manejava 5 vezes mais dinheiro do que hoje no México

Nada mal, hein? Dura escolha, um clássico Rolls-Royce Phantom ou um Mercedes-Maybach, divisão de ultra luxo do grupo alemão Daimler, proprietário da Mercedes-Benz

— Dados fornecidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, informam que, em território americano, nas duas últimas décadas, se está consumindo 35% a mais de cocaína

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Não importa o partido. As vítimas são representantes dos pequenos, grandes e de ideologias diferentes. A maioria estava concorrendo em locais distantes, longe das atenções, mostrando também o poder de ramificação que esses carteis detêm

E está disseminada em países como Colômbia, México, Peru, Equador, Bolívia, Venezuela, grande parte da América Central e até nos Estados Unidos

Tal explosão de assassinatos políticos se apresenta justamente no momento em que o México se prepara para ter novas eleições presidenciais, previstas para 1 de julho. O medo e a desconfiança chegam a atrapalhar a lisura e a legitimidade do pleito

$Nesse momento, o comando se fracionou em muitos pequenos cartéis bem armados, que, na opinião do especialista, entrarão em guerra pelo poder em território mexicano$

O tráfico internacional de drogas, que tem hoje os cartéis do México como protagonistas, passou por grandes mudanças desde a década de 80, conforme disse ao R7 o sociólogo Alejandro Villanueva Bustos, da Universidad Baja Califórnia, México, um dos maiores especialistas do mundo em assuntos relativos à América Latina

El Chapo reclama que revistas constantes não o deixam dormir

Ele ainda disse que não consegue se comunicar com familiares

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