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Eleição no Chile: Urnas ficam sob custódia de 23 mil militares

Neste domingo (16), segundo dia de votações históricas, população deve eleger os responsáveis por elaborar uma nova Constituição

Internacional|Da EFE

Chile encerrou o primeiro dia de votações e 23 mil militares guardaram as urnas
Chile encerrou o primeiro dia de votações e 23 mil militares guardaram as urnas Chile encerrou o primeiro dia de votações e 23 mil militares guardaram as urnas

Mais de 23 mil militares vão guardar as urnas onde milhões de chilenos votaram neste sábado (15), primeiro dia das históricas eleições constituintes, com as caixas sendo lacradas e transferidas para salas trancadas onde passarão a noite.

As 2.731 assembleias de voto reabrirão suas portas amanhã, às 8h (horário local, 9h de Brasília), uma situação inédita na história do Chile que dividiu as eleições em dois dias para evitar multidões.

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"A sala terá a proteção de militares do Exército e também, após o credenciamento, haverá representantes dos diferentes partidos e candidatos independentes que poderão observar durante a noite que o processo é transparente e que ninguém tem contato com as urnas de voto", explicou nesta semana o ministro do Interior, Rodrigo Delgado.

Um assistente do delegado da mesa eleitoral e um funcionário do Serviço Eleitoral também estarão no local, que registrará quem são as pessoas que passarão a noite fazendo a segurança das urnas e comunicará qualquer incidente.

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Estas são as eleições mais importantes da história recente do país, nas quais 15 milhões de chilenos irão eleger os 155 cidadãos que elaborarão uma nova Constituição em substituição à atual, em vigor desde a ditadura militar.

A convenção terá 17 cadeiras reservadas aos povos indígenas e será igualitária, algo inédito no mundo e que em poucos meses fará do Chile o primeiro país a ter uma Carta Magna escrita igualmente por homens e mulheres.

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Também será a primeira vez em seus 200 anos de independência que o Chile terá uma Lei Fundamental elaborada por uma convenção de cidadãos eleitos, já que os três textos que teve até agora foram redigidos por órgãos não eleitos pelo voto popular (1833, 1925 e 1980).

"Estamos, sem dúvida, perante o processo histórico mais importante dos últimos 40 anos e que marcará o futuro dos próximos 40 anos", afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Diego Paulsen, após ter votado no sul do país.

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A revogação da atual Constituição, foco de críticas por sua origem ditatorial e seu viés neoliberal, foi decidida em plebiscito histórico em outubro do ano passado e uma das principais exigências nos protestos de 2019, os mais graves desde o regime militar, com cerca de 30 mortos e milhares de feridos.

Algumas seções eleitorais, especialmente em Santiago, não puderam fechar às 18h (hora local) porque havia muitas pessoas esperando na fila e as leis os impedem que lhes seja negado o voto.

Paralelamente aos constituintes, os mais de 14,9 milhões de eleitores também vão eleger 354 prefeitos, 2.252 vereadores e 16 governadores regionais, que até agora era indicado pelo governo e que contribuirá para o avanço na descentralização do país.

As eleições, que foram adiadas em abril por conta da Covid-19, são realizadas em dois dias para evitar aglomerações e em um momento em que a pandemia está recuando na maior parte do país e ao mesmo tempo que avança o processo de vacinação, com quase 50% da população-alvo (15 milhões) imunizados com as duas doses.

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