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Eleições legislativas devem enfraquecer Cristina Kirchner no final de seu mandato

Aliados da presidente argentina não apareceram como favoritos nas pesquisas

Internacional|Do R7*

Martín Insaurralde, Sergio Massa e Daniel Scioli são os candidatos mais cotados para suceder Cristina Kirchner
Martín Insaurralde, Sergio Massa e Daniel Scioli são os candidatos mais cotados para suceder Cristina Kirchner Martín Insaurralde, Sergio Massa e Daniel Scioli são os candidatos mais cotados para suceder Cristina Kirchner

Milhões de eleitores argentinos irão às urnas neste domingo (27) para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. O resultado do pleito de hoje deve dificultar os últimos dois anos do governo de Cristina Kirchner, já que a mandatária perderá alguns de seus aliados no Parlamento, como mostram as últimas pesquisas.

A derrota de Cristina começou a se desenhar em agosto, quando foram realizadas as Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), que definiram os candidatos deste domingo.

Os resultados daquela votação não foram favoráveis aos aliados de Cristina, que conseguiram manter o número de votos nos redutos do governo, mas perderam um grande número de eleitores nas Províncias dominadas pela oposição.

O bloco "kirchnerista" deve sentir essa redução sempre que houver necessidade de aprovar medidas que interessem à presidente, afirma Carlos Gustavo Poggio Teixeira, vice-coordenador do curso de Relações internacionais da PUC-SP.

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— Principalmente uma proposta que vem ganhando corpo entre os aliados [de Cristina], que é a de reformar a Constituição para permitir um terceiro mandato da presidente, coisa que será impossível sem uma maioria sólida.

Nas primárias da Província de Buenos Aires, maior colégio eleitoral da Argentina, Sergio Massa, da chapa de oposição e prefeito da cidade de Tigre, aparece como o candidato a deputado mais escolhido pelos eleitores, com 35% dos votos.

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Martín Insaurralde, ex-aliado do governo, conseguiu 29,6%. Em terceiro lugar estava a candidata Margarita Stolbizer, da Frente Progressista Cívico y Social, com 11%, e, em quarto, Francisco de Narváez, com 10%.

Já na disputa pelas 24 cadeiras no Senado argentino, a coalizão Unem, de radicais progressistas, ficou com 32% dos votos; seguida de Gabriela Michetti, do partido conservador (PRO), com 31,3%; e Daniel Filmus, da Frente para a Vitória, partido de Cristina, com 19,8%.

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De acordo com o coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp, Luis Fernando Ayerbe, o desgaste do governo de Cristina se deu principalmente por “problemas econômicos, inflação, queda no crescimento do país e desemprego. Além das recentes denúncias de corrupção”.

Campanha presidencial

Os principais candidatos a deputado nas eleições de hoje também são os mais cotados para a corrida presidencial de 2015.

Como Cristina Kirchner ainda não conseguiu votos suficientes para aprovar a mudança na Constituição que tornaria legal seu terceiro mandato, a Frente para a Vitória perdeu sua candidata mais “viável” para as eleições, segundo Ayerbe.

— O governo ainda não tem nenhum nome forte o suficiente para concorrer à Presidência, mas [o governador da Província de Buenos Aires] Daniel Scioli está emergindo como favorito, já que sua vitória significaria uma ruptura menos forte no governo. E, nos próximos anos, um candidato pode surgir ainda de dentro do kirchnerismo.

O opositor Sergio Massa é tido como o favorito a ganhar a próxima eleição presidencial, seguido de Daniel Scioli e Martín Insaurralde. Os três candidatos são apontados pela imprensa argentina e pelos especialistas entrevistados pelo R7 como os principais concorrentes para 2015.

* Marta Santos, estagiária do R7

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