Entre os mortos estariam sete menores e 23 mulheres
ReutersEm um novo triste capítulo da imigração ilegal, mais de 200 pessoas morreram na costa de Zuwara, na Líbia, após um naufrágio nesta quinta-feira (27).
Segundo a Guarda Costeira do país, 40 corpos estavam presos no porão do barco e foram encontrados quando a embarcação chegou à areia e os outros cadáveres estavam no mar, a cerca de um quilômetro da praia.
As pessoas seriam provenientes da África subsaariana, Paquistão, Síria, Marrocos e Bangladesh e tentavam alcançar a Itália através do Canal da Sicília, a "rota mais mortal do mundo", de acordo com as autoridades
A Líbia enfrenta uma grave crise interna desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, e está dividida em vários "pedaços" de poder.
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A configuração atual do país faz com que a infiltração de grupos terroristas, como o Estado Islâmico, e de grupos de traficantes de pessoas fique facilitada. A própria Zuwara é um dos principais pontos de partida de barcos com imigrantes ilegais para a Itália.
Mais quatro mortos na Calábria
Nesta sexta-feira (28), mais de 900 imigrantes chegaram ao porto de Reggio Calábria após ações da Guarda Costeira italiana no Canal da Sicília. A bordo da embarcação, também estavam os corpos de três mulheres e de um homem encontrados mortos. As vítimas femininas morreram por inalação de combustível, já o homem foi encontrado afogado.
Segundo dados da instituição, entre as pessoas, há sete menores de idade e 23 mulheres — sendo que uma está grávida, e eles provêm de vários países. A entidade ainda informou que somente ontem foram salvas 1.430 pessoas e que a maior parte desses refugiados vem da Costa do Marfim, Mali, Camarões, Nigéria, Sudão, Eritreia, Etiópia, Bangladesh e Paquistão.
Além dessas chegadas, o porto de Palermo recebeu outros 571 imigrantes na noite desta quinta, além de outros 52 corpos encontrados próximos à embarcação.
Os sobreviventes contaram que as vítimas morreram porque apanharam até a morte para ficarem dentro do porão.
Mais de 300 mil tentaram atravessar o Mediterrâneo
Uma das principais portas de entrada para a Europa, o Mar Mediterrâneo registrou a passagem de mais de 300 mil refugiados e imigrantes desde o início deste ano, informou a ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo a Acnur (Agência para Refugiados), cerca de 2.500 pessoas já morreram tentando chegar ao continente. "Trata-se de um forte aumento a respeito do ano passado, quando cerca de 219 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo durante todo o ano de 2014", afirmou a porta-voz da Acnur, Melissa Fleming.
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