Juan Guaidó, em sessão 'paralela' para eleição do presidente do parlamento da Venezuela
EFE/Miguel GutiérrezEm uma sessão paralela e improvisada realizada na sede de um jornal, o líder opositor Juan Guaidó foi reeleito neste domingo (5) presidente da Assembleia Nacional da Venezuela em votação da qual só participaram deputados que se opõem ao governo de Nicolás Maduro.
Reconhecido como presidente interino da Venezuela por quase 60 países, entre eles o Brasil, Guaidó foi reeleito para o cargo com 100 votos de opositores.
Participaram da reunião parlamentares do chamado Bloco de 16 de Julho, contrários a Maduro, mas também críticos do opositor.
A votação paralela ocorreu depois de Guaidó ter sido impedido pelas forças de segurança comandadas por Maduro de entrar na Assembleia Nacional na sessão que elegeria o novo presidente da casa.
Sem a presença de Guaidó e seus aliados, também impedidos de entrar no Palácio Legislativo pelos agentes, parlamentares chavistas e poucos dissidentes da oposição elegeram Luis Parra para o cargo, um pleito contestado por países que se opõem a Maduro.
Imagens registradas pela "Agência Efe" mostram uma tentativa fracassada de Guaidó de tentar entrar na Assembleia Nacional pulando a grade que protege o edifício. Ele, porém, foi impedido por agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional Bolivariana.
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A oposição considera a votação que elegeu Parra como um "golpe ao parlamento" e diz que não havia o quórum necessário para que a sessão fosse realizada. Os chavistas alegam que 140 deputados estavam no parlamento e que Guaidó ficou do lado de fora do palácio por não ter os votos necessários para se reeleger.
Já a sessão que elegeu Guaidó contou com a presença de 100 deputados, número superior aos 84 exigidos pela legislação.