O Ministério Público do Equador informou nesta segunda-feira (31) que a Justiça do país condenou por crime organizado cinco pessoas relacionadas com um falecido líder de uma dissidência das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como "Guacho".
Em nota, a procuradoria equatoriana detalhou que o Tribunal de Garantias Criminais da cidade costeira de Esmeraldas "condenou Lino RS, Émerson GK, Jimmy Ch. K., Wilmer AM e Miguel CC a nove anos e quatro meses de prisão como responsáveis pelo delito de crime organizado".
A sentença também prevê o pagamento de uma multa de 25 salários básicos e US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão) como reparação integral ao Estado equatoriano.
Os réus foram detidos na operação "Libertador I", organizada após a explosão de um carro-bomba na sede da polícia de San Lorenzo em 27 de janeiro de 2018.
O promotor Wilson Toainga baseou sua denúncia nos elementos coletados por meio da Assistência Criminal Internacional da Colômbia, na perícia das provas coletadas pela Criminalística, na análise dos aparelhos celulares encontrados, em depoimentos e no laudo de investigação elaborado pela equipe da Unidade de Combate ao Crime Organizado (ULCO).
A investigação do Ministério Público aponta os réus como integrantes da frente criminosa "Oliver Sinisterra", liderada por Walter Patricio A., vulgo "Guacho", grupo ao qual é atribuído o sequestro e assassinato de uma equipe do jornal equatoriano "El Comercio" em 2018.
Essa equipe havia viajado até a fronteira com a Colômbia justamente para informar sobre a situação de violência na região, logo após a explosão de um carro-bomba.