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Erdogan ameaça embaixadores por pedir libertação de opositor

EUA, França e Alemanha pediram libertação de Osman Kavala; presidente turco diz que serão declarados 'persona non grata'

Internacional|Da AFP

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan O presidente turco Recep Tayyip Erdogan

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou neste sábado (23) que os embaixadores de dez países, incluindo os dos Estados Unidos, Alemanha e França, que pediram a libertação do opositor Osman Kavala, serão declarados "persona non grata o mais rápido possível".

"Ordenei ao nosso Ministro das Relações Exteriores que preparasse o mais rápido possível a declaração desses dez embaixadores como persona non grata", disse o chefe de Estado turco durante uma viagem ao centro da Turquia, embora não tenha especificado nenhuma data.

"Eles deveriam conhecer e compreender a Turquia", disse Erdogan sobre esses embaixadores que acusou de "indecentes". "Eles têm que sair daqui desde o dia em que pararam de ver a Turquia", acrescentou.

Em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira (18), Canadá, França, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Suécia e os Estados Unidos pediram "uma solução justa e rápida para o caso" Osman Kavala, empresário turco e filantropo transformado em uma ovelha negra para o regime, que está preso há quatro anos sem ter sido processado.

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O chefe de estado turco ameaçou na quinta-feira (21) expulsar os embaixadores, mas sem tomar medidas concretas. O governo convocou os embaixadores destes dez países na terça-feira passada (19), considerando "inaceitável" o apelo à libertação do opositor Osman Kavala.

Quem é Osman Kavala

Osman Kavala, opositor e filantropo turco
Osman Kavala, opositor e filantropo turco Osman Kavala, opositor e filantropo turco

O homem de 64 anos, uma figura importante da sociedade civil turca, é acusado desde 2013 pelo regime de Erdogan de tentar desestabilizar o país.

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Mais tarde, ele foi acusado de tentar "derrubar o governo" na tentativa fracassada de golpe de 2016.

Em dezembro de 2019, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (CEDH) ordenou a sua "libertação imediata", mas foi uma sentença em vão.

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Kavala permanecerá na prisão pelo menos até 26 de novembro, decidiu um tribunal de Istambul no início de outubro, apesar das ameaças europeias de sanções contra Ancara.

O Conselho da Europa alertou recentemente Ancara com a imposição de sanções, que poderiam ser adotadas em sua próxima sessão (de 30 de novembro a 2 de dezembro) se o oponente não fosse libertado antes dessas datas.

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