Homem recrutava jovens pelas redes sociais
Dado Ruvic / Reuters - 18.2.2016
Um marroquino de 50 anos foi preso na Espanha acusado de recrutar jovens na internet e radicalizá-los para que se tornassem parte do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O suspeito foi detido na quarta-feira passada em Altea (província de Alicante, na Espanha) e continua em prisão provisória, informou nesta sexta-feira (23) a Guarda Civil Espanhola (órgão de segurança).
O detido teve uma permanência irregular na Espanha e passou grande parte do tempo pesquisando, editando, comentando e divulgando material de propaganda da organização terrorista com medidas de segurança para evitar a detecção, segundo os investigadores.
Para tal, identificou possíveis usuários com interesse na organização terrorista nas redes sociais, que posteriormente redirecionou para aplicativos de mensagens privadas, a fim de aprofundar os processos de radicalização e disponibilizar conteúdos digitais sobre o grupo.
A Guarda Civil considera este homem virtualmente integrado à organização terrorista, mas que trabalha de casa, uma forma de cooperação considerada tão importante quanto lutar em zonas de conflito ou cometer atentados em países ocidentais.
O indivíduo chegou a insistir que a pandemia do coronavírus é uma punição contra o Ocidente, como o grupo terrorista assegura em sua habitual mídia de propaganda.
Na operação, apoiada pela Europol, outra pessoa alegadamente radicalizada pela primeira foi detida para provar o seu envolvimento em actividades terroristas, embora tenha sido libertado após depor em tribunal.