EUA não vão tirar tropas do Iraque
Kevin Lamarque/Reuters - 10.1.2020Os Estados Unidos reiteraram nesta sexta-feira (10) que não cogitam a retirada de suas tropas do Iraque e disseram que se trata de uma medida importante para o Oriente Médio, em resposta às críticas do país árabe.
"Os Estados Unidos são uma força para o bem no Oriente Médio. Neste momento, qualquer delegação enviada ao Iraque se dedicaria a discutir a melhor forma de se comprometer novamente com nossa aliança estratégica, não para discutir a retirada das tropas, mas sim nossa posição correta e apropriada no Oriente Médio", disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em um comunicado.
Encontro com OTAN
O chefe da diplomacia dos EUA também disse que se reunirá hoje em Washington com uma delegação da Otan para discutir o papel crescente da aliança no Iraque, onde os americanos têm entre 5 mil e 6 mil militares.
"Tem de haver uma conversa entre os governos americano e iraquiano não só sobre segurança, mas também sobre a nossa colaboração financeira, económica e diplomática. Queremos ser amigos e parceiros de um Iraque soberano, próspero e estável", disse ele.
Entrada de drones no Iraque
O chefe da diplomacia americana respondeu dessa forma ao primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdelmahdi, que denunciou a entrada das tropas americanas no Iraque e a fuga de drones sem permissão de Bagdá, em meio a convocações para a retirada das forças.
"Há forças dos EUA entrando no Iraque e drones voando sem permissão do governo iraquiano, o que é contrário aos acordos assinados", pronunciou-se Abdelmahdi através de seu escritório em um comunicado.
Pedido de retirada
No último domingo, o Legislativo iraquiano aprovou uma moção solicitando ao Executivo que ponha fim à presença de qualquer força estrangeira no Iraque e anule o pedido de ajuda da coalizão internacional, liderada pelos EUA, para lutar contra o Estado Islâmico.
Abdelmahdi salientou que a prioridade agora é combater o grupo jihadista, reconstruir o Iraque, conseguir o crescimento econômico e manter a soberania, a independência e a unidade nacional. Dessa forma, recusou todas as operações que as violem, incluindo o ataque iraniano há dois dias contra duas de suas bases.