Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira (12) que apoiam a possibilidade de Suécia e Finlândia se candidatarem à adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), por considerar que a inclusão na aliança contribuiria para a segurança dos americanos.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, expressou-se desta forma em sua coletiva de imprensa, embora tenha evitado endossar abertamente a ideia de uma eventual entrada na Otan destes países nórdicos e disse que se referia apenas à possibilidade de que solicitem o ingresso.
"Os Estados Unidos apoiariam um pedido de adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, se assim o desejarem. Respeitaremos qualquer decisão que eles tomarem", declarou. Psaki ressaltou ainda que ambos os países são "aliados próximos e valiosos em matéria de defesa" e que o fortalecimento da Aliança Atlântica é algo do interesse de Washington.
"Se eles decidirem se juntar a nós, é algo que deve dar tranquilidade ao povo americano em relação aos nossos próprios interesses de segurança", acrescentou a porta-voz do presidente dos EUA, Joe Biden.
A Finlândia deu um passo histórico para ingressar na Otan nesta quinta-feira, depois que o presidente do país, Sauli Niinistö, e a primeira-ministra Sanna Marin decidiram apoiar a adesão após décadas de "não alinhamento".
A invasão russa da Ucrânia e as ameaças do Kremlin causaram uma mudança na posição da Finlândia em relação à Otan, e agora só falta que o resto do governo de coalizão e o Parlamento deem seu apoio oficial para formalizar o pedido de adesão, algo que pode acontecer nos próximos dias.
A expectativa é que a Suécia siga os passos da Finlândia no final deste mês e, se os dois se juntarem à Otan, todos os países nórdicos ficarão sob a égide da Aliança Atlântica, da qual Dinamarca, Noruega e Islândia foram membros fundadores.
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Em março, Biden recebeu Niinistö na Casa Branca, logo após o país nórdico, que fez fronteira com a Rússia, romper sua tradicional posição de neutralidade ao enviar armas para a Ucrânia defender-se da invasão russa.
Durante essa reunião, Biden não se referiu expressamente à possível entrada do país na Aliança Atlântica, mas elogiou a estreita cooperação que a Finlândia, assim como a Suécia, mantém com a Otan.