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EUA dizem que Rússia avisou que lançaria míssil antes da crise na Crimeia

Internacional|

(Acrescenta declarações de porta-voz oficial). Washington, 4 mar (EFE).- Os Estados Unidos não estão preocupados pelo teste de lançamento de um míssil balístico intercontinental por parte da Rússia porque recebeu um aviso a respeito antes que começasse a atual crise na república autônoma ucraniana da Crimeia, assegurou nesta terça-feira um funcionário americano. "Foi um lançamento de um ICBM (míssil balístico intercontinental) notificado previamente e rotineiro", declarou em comunicado a porta-voz de Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden. A porta-voz assegurou que o lançamento foi realizado seguindo os protocolos requeridos pelo tratado de não-proliferação Start III, assinado entre Rússia e Estados Unidos em 2010. "A Rússia nos notificou previamente do lançamento. Tais notificações têm como intenção fornecer transparência, confiança, ser previsíveis e ajudar ambos lados a evitar mal-entendidos", afirmou Hayden. "Não estamos preocupados", disse à rede de televisão "ABC News" o funcionário, que pediu anonimato e explicou que, em cumprimento do tratado Start, a Rússia notificou os EUA que realizaria o lançamento muito antes da escalada de tensão na Crimeia. As autoridades russas informaram hoje do teste de lançamento de um míssil balístico intercontinental de última geração RS-12M Topol, que foi efetuado do polígono militar de Kapustin Yar, na região de Astrajan, situada na parte europeia da Rússia. Segundo o funcionário americano, o míssil foi disparado em direção ao leste, acima do mar Cáspio, e aterrissou em uma parte remota do Cazaquistão. Essa descrição coincide com a proporcionada pelo porta-voz do Ministério russo de Defesa para as tropas de Mísseis Estratégicos, Igor Yegorov, que indicou que o míssil de teste "atingiu com a precisão programada um alvo assinalado no polígono de Sari-Shagan (Cazaquistão)". O lançamento coincide com a visita a Kiev do secretário de Estado americano, John Kerry, que condenou na capital ucraniana a intervenção da Rússia na Crimeia e acusou Moscou de buscar um pretexto para enviar tropas à Ucrânia. O governo americano anunciou na segunda-feira a suspensão de toda cooperação militar com a Rússia por sua intervenção na Crimeia, o que inclui encontros bilaterais, manobras conjuntas, conferências previstas e visitas a portos. Hoje, o presidente americano, Barack Obama, advertiu ao líder russo, Vladimir Putin, que Moscou "não tem o direito" de usar a força para intervir na Ucrânia e reiterou que a Rússia está "violando" leis internacionais. Por sua parte, o porta-voz do Departamento de Defesa, o contra-almirante John Kirby, indicou em comunicado que os Estados Unidos não modificaram sua postura militar nem na Europa nem no Mediterrâneo pelos eventos na Crimeia. EFE llb/rsd

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