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EUA e Reino Unido alertam sobre "interferência política" em pleito da Nigéria

Internacional|

Washington, 30 mar (EFE).- Estados Unidos e Reino Unido alertaram nesta segunda-feira sobre "indícios preocupantes" de "interferência política" no processo de apuração das eleições realizadas na Nigéria no último fim de semana, embora tenham enaltecido o processo e a "determinação" do povo nigeriano. "Até agora não há evidências de manipulação sistemática do processo. Mas há indícios preocupantes de que o processo de contagem final dos votos possa ser alvo de interferência política de forma deliberada", alertaram em comunicado conjunto o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond. Ambos os países, no entanto, deram as boas-vindas às eleições presidenciais e legislativas que a Nigéria completou no domingo, depois que problemas no sistema eletrônico e a falta de segurança no sábado causaram o adiamento das votações em 300 colégios eleitorais para o dia seguinte. "O povo nigeriano mostrou uma determinação elogiável para votar e escolher seus líderes", destacaram os representantes de ambos os países em política externa. Neste pleito, concorrem o atual presidente do país, Goodluck Jonathan, de denominação cristã (religião predominante no sul, mas minoritária no país) e o muçulmano e líder da oposição, Muhammadu Buhari, que se candidata pela quarta vez. Em comunicado, Kerry e Hammond afirmam que "ficariam muito preocupados com qualquer tentativa contra a independência da Comissão Eleitoral Nacional Independente da Nigéria (INEC) e seu presidente, Attahiru Jega, ou de qualquer tentativa de distorção da vontade expressada pelo povo nigeriano". Jega e representantes de outros 14 partidos, que participaram do processo eleitoral, estão presidindo o processo de apuração de votos deste pleito, o mais apertado desde 1999. Os primeiros dados divulgados pelo INEC não dão uma vantagem significativa a nenhum dos dois principais candidatos e a apuração continua com a expectativa da comunidade internacional, que aguarda para saber o futuro líder do país mais povoado da África. Em princípio, as eleições estavam programadas para o dia 14 de fevereiro, mas o processo foi adiado para 28 de março devido à insegurança no nordeste da Nigéria, onde o grupo jihadista Boko Haram controla amplas regiões e realiza ataques com frequência. Nesse momento, o chefe da diplomacia americana se mostrou "muito decepcionado" pelo atraso do pleito. EFE bpm/vnm

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