EUA enviam porta-aviões às águas do Iêmen após aumento da tensão

Washington, 20 abr (EFE).- A marinha dos Estados Unidos enviou um de seus porta-aviões, escoltado por um cruzeiro de mísseis teleguiados, às águas do Iêmen para unir-se a outras embarcações norte-americanas na área, após o aumento das tensões nesse país e a possibilidade de que o Irã ajude os rebeldes houthis. Segundo confirmou a marinha nesta segunda-feira em comunicado, os EUA decidiram fortalecer sua presença no golfo de Áden e no mar Arábico com o porta-aviões "Theodore Roosevelt" e sua escolta "Normandy", que partiram neste domingo em direção à região. Além disso, as embarcações também operarão no estreito de Bab-el-Mandeb e no sul do Mar Vermelho. "Nos últimos dias, a marinha dos Estados Unidos aumentou sua presença nesta área, como resultado da atual instabilidade no Iêmen", indicaram em comunicado. "O objetivo destas ações é assegurar-nos que as vias de navegação essenciais na região seguem estando abertas e seguras. Os Estados Unidos seguem comprometidos com seus parceiros regionais para manter a segurança no entorno marítimo", concluiu a nota. Perguntado pela Agência Efe, um porta-voz do Pentágono considerou "inexatas" as afirmações de alguns meios de comunicação americanos que apontam que esta operação é uma resposta ao suposto envio de armas de Teerã para os houthis e, em nenhum momento, fez alusão ao Irã em seu comentário. As tensões estão aumentando na região apesar das negociações em curso do Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, além da Alemanha) com o governo iraniano sobre seu programa nuclear. No entanto, os combates no Iêmen, onde a Arábia Saudita está liderando uma coalizão contra os rebeldes apoiados pelo Irã, continuam ganhando força. EFE rg/rsd