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Evo Morales destitui seu ministro da Defesa e pede desculpas ao Chile

Boliviano Jorge Ledezma exibiu uma mensagem pedindo acesso ao Oceano Pacífico

Internacional|

O presidente da Bolívia, Evo Morales, destituiu nesta terça-feira (31) seu ministro da Defesa e pediu desculpas ao Chile depois que o governo desse país criticou o uso político que o funcionário fez da ajuda transferida ao norte chileno.

Morales tomou juramento nesta noite do novo ministro da Defesa, o advogado Reymi Ferreira, em substituição de Jorge Ledezma, que nesta terça realizou entrega de uma carga de água no norte chileno usando em sua jaqueta uma insígnia com a legenda "O mar é da Bolívia", em alusão à reivindicação de uma saída soberana ao mar.

"Lamentamos muito o que aconteceu nesta manhã. Não foi parte de uma decisão do governo nacional", disse o presidente boliviano.

Em discurso, Morales declarou que oferece as "desculpas" ao governo do Chile e pede "perdão ao povo do Atacama, ao povo chileno" porque a Bolívia nunca pensou em conduzir o tema da ajuda humanitária para essa região com fins políticos.

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O governante também ressaltou que não há "ministros autônomos" que tomam decisões pessoais e que cada atuação deve ser avaliada em conjunto pelos membros do gabinete.

Além disso, lembrou que durante seu primeiro governo seu país sofreu inundações e recebeu a ajuda do Chile com um helicóptero, durante o primeiro mandato da presidente Michelle Bachelet.

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Horas antes, o ministro das Relações Exteriores chileno, Heraldo Muñoz, agradeceu à Bolívia a entrega de água engarrafada para os afetados pelas chuvas no norte do país, mas criticou o uso político da ajuda do governo do país andino.

"Queria em primeiro lugar agradecer a ajuda solidária da Bolívia, a água nunca sobra, especialmente nestes momentos de tragédia, mas queria dizer às claras que a tragédia do norte não deve ser utilizada para propósitos políticos da campanha comunicacional boliviana", declarou Muñoz aos jornalistas.

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Em 2013, o governo Morales apresentou um requerimento perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, na busca de uma decisão que obrigue o Chile a negociar definitivamente e de boa fé a exigência boliviana de ter um acesso ao Pacífico.

A Bolívia perdeu para o Chile 400 quilômetros de costa e 120.000 quilômetros de território na chamada Guerra do Pacífico, travada no final do século XIX. 

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