Avenatti foi preso por diversas acusações nos EUA
Alba Vigaray / EPA / EFE / ArquivoMichael Avenatti, ex-advogado da atriz pornô Stormy Daniels no caso contra o presidente dos EUA, Donald Trump, foi detido nesta segunda-feira (25) em Nova York por fraude bancária, desvio de fundos e tentativa de extorsão contra a empresa Nike, segundo documentos judiciais.
O Distrito Sul de Nova York anunciou hoje as acusações contra Avenatti por "tentar extrair mais de US$ 20 milhões (cerca de R$ 77 milhões) em pagamentos" com ameaças, fazendo uso da sua capacidade para "infligir dano à reputação e às finanças da empresa", caso não cumprisse suas exigências.
O próprio Avenatti escreveu no Twitter que pretendia dar uma entrevista coletiva nesta terça-feira "para revelar um escândalo de basquete em escolas de ensino médio e universidades envolvendo a Nike".
Além disso, promotores de Los Angeles anunciaram que Avenatti também enfrenta acusações federais de fraude bancária e cibernética nessa cidade.
Em Los Angeles, o advogado é acusado de ficar com US$ 1,6 milhão (cerca de R$ 6 milhões) de um falso acordo de falência para financiar seu negócio de café, Global Baristas US LLC, e para despesas pessoais.
Além disso, está sendo acusado de obter US$ 4,1 milhões (cerca de R$ 16 milhões) em empréstimos de um banco do Mississipi ao apresentar declarações de impostos falsas.
Avenatti, que chegou a insinuar que poderia se apresentar como candidato às próximas eleições presidenciais, ganhou fama ao representar Daniels no seu esforço de anular um acordo secreto com Trump e seu então advogado, Michael Cohen.
O objetivo de Avenatti era que Trump reconhecesse a existência de um suposto pacto de confidencialidade relacionado com uma relação sexual entre o governante e sua cliente em 2006, quando o agora presidente já estava casado com a primeira-dama Melania Trump.
A estrela pornô disse que um homem se aproximou dela em um estacionamento de Las Vegas em 2011 e disse que poderia ter problemas caso falasse sobre sua suposta relação sexual com Trump.
A atriz assegurou que o medo dessa ameaça foi o motivo pelo qual, na reta final da campanha presidencial de 2016, aceitou assinar um acordo de confidencialidade sobre seu romance com Trump no valor de US$ 130.000 (cerca de R$ 500 mil).
Em dezembro de 2018, um juiz federal dos EUA ordenou que Daniels pagasse US$ 293.000 (cerca de R$ 1,1 milhão a Trump para cobrir as despesas de sua equipe legal no processo por difamação apresentado por ela e que foi rejeitado pela Justiça.