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Ex-agente da CIA é condenado por passar informações a jornalista

Internacional|

Washington, 26 jan (EFE).- Um tribunal federal americano declarou culpado nesta segunda-feira um ex-agente da CIA (agência de inteligência americana) por repassar a um jornalista do "The New York Times" detalhes de um complô contra o programa nuclear iraniano. Jeffrey Sterling, de 47 anos, foi considerado culpado de nove acusações de revelação de informação de defesa nacional e outras de vazamento de segredos, apesar de o jornalista que supostamente publicou a informação, James Risen, sempre ter se negado a revelar sua fonte. A sentença final para Sterling, que poderia ser de vários anos de prisão, será conhecida no dia 24 de abril. Sterling foi acusado em 2010 de repassar informação confidencial a Risen para seu livro "State of War", publicado em 2006. A promotoria conseguiu convencer o juiz que Sterling, que foi expulso da CIA anos antes da publicação do livro, atuou com sede de vingança e pôs em risco a vida de agentes de Inteligência, entre eles um cientista russo que forneceu ao Irã planos para instalações nucleares deliberadamente falsos. A acusação do governo não apresentou provas diretas da conexão entre Sterling e Risen, como registros telefônicos ou e-mails, mas considerou que o ex-agente da CIA era o único com a informação e a motivação para realizar o vazamento. A defesa tentou provar que outras pessoas poderiam ter vazado os detalhes do plano para que o Irã investisse em planos nucleares repletos de falhas criadas pelos Estados Unidos. O programa da CIA para atrasar os avanços nucleares do Irã teve que ser suspenso definitivamente com a publicação do livro, enquanto Risen foi obrigado a depor contra sua vontade para revelar sua fonte, algo que finalmente impediu a intervenção do Departamento de Justiça. Na ocasião, o jornalista assegurou que preferia ir à prisão antes de revelar sua fonte. O processo de Sterling teve todos os ingredientes de um filme de espiões. A ex-secretária de Estado, Condoleezza Rice, depôs como testemunha no mesmo tribunal por onde também desfilaram agentes da CIA que fizeram suas declarações atrás de telas pretas para não revelar sua identidade. EFE jmr/rsd

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