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Ex-guarda de campo de concentração escapa de julgamento

Homem de 95 anos vivia nos EUA, onde ninguém conhecia seu passado, e foi extraditado para a Alemanha em fevereiro

Internacional|Da AFP

Guarda alemão vivia nos EUA desde 1959, sem contar seu passado a ninguém
Guarda alemão vivia nos EUA desde 1959, sem contar seu passado a ninguém Guarda alemão vivia nos EUA desde 1959, sem contar seu passado a ninguém

Um ex-guarda de um campo de concentração, extraditado dos Estados Unidos e suspeito de "cumplicidade em assassinatos", vai finalmente escapar de um julgamento na Alemanha por falta de provas, anunciou a Justiça alemã nesta quarta-feira (31).

O alemão Friedrich Karl Berger, de 95 anos, que vivia no Tennessee desde 1959 sem ninguém saber de seu passado, foi extraditado dos Estados Unidos para a Alemanha em meados de fevereiro.

"Depois de ter esgotado todos os meios de prova, o Ministério Público de Celle arquivou o processo preliminar por falta de elementos suficientes", explicou Bernd Kolkmeier, porta-voz do MP desta jurisdição da Baixa Saxônia, em um comunicado. 

A Justiça americana suspeita que Berger foi cúmplice na morte de prisioneiros quando era guarda - entre janeiro e abril de 1945 - no campo de concentração de Neuengamme, a sudeste de Hamburgo, e em um de seus anexos perto de Meppen, durante uma operação de evacuação de detidos em março de 1945.

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O MP de Celle, que trabalha há vários anos neste processo, já havia encerrado o procedimento preliminar no final de novembro de 2020 por falta de provas. 

No entanto, reabriu o caso quando o suspeito retornou à Alemanha em 21 de fevereiro. 

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Mas Berger se recusou a admitir a responsabilidade, deixando os investigadores em um beco sem saída. 

Depois de anos em relativo anonimato, Berger enfrentou seu passado quando os investigadores usaram documentos da época nazista para localizá-lo.

Berger foi submetido a interrogatórios nos Estados Unidos, nos quais admitiu ter sido guarda naquele campo, mas declarou não ter conhecimento de maus-tratos infligidos a prisioneiros ou morte de detentos, afirmando que apenas obedecia ordens.

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