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Ex-líder português detido recebe advogado para preparar recurso

Internacional|

Lisboa, 28 nov (EFE).- O ex-primeiro-ministro português José Sócrates, recebeu na prisão a visita de seu advogado, João Araújo, com quem falou pessoalmente pela primeira vez desde que foi encarcerado na terça-feira. Araújo se deslocou até o município de Évora, a 120 quilômetros de Lisboa, para se reunir com seu defendido, que está detido em uma prisão reservada para policiais acusados de qualquer delito, depois que o juiz que instrui seu caso decretou prisão provisória. O ex-líder português, interrogado pelos jornalistas na entrada da prisão, não quis fazer declarações antes de se reunir com Sócrates. Araújo já anunciou ontem que apresentará um recurso para tentar revogar a ordem de prisão preventiva que pesa sobre o ex-chefe do Governo socialista entre 2005 e 2011. Sócrates é acusado pelos delitos de fraude fiscal, lavagem de capitais e corrupção depois que as autoridades detectaram "operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificativa". Filtragens da imprensa apontam que a investigação atribui ao ex-primeiro-ministro uma fortuna próxima aos 20 milhões de euros, que supostamente mantinha oculta através de um testa-de-ferro. A revista "Sol" publicou hoje que a origem desta fortuna está nos milhões de euros pagos a Sócrates por uma empresa favorecida por seu governo. De acordo com esta publicação, os investigadores acreditam que o Grupo Lena foi a companhia que remunerou o antigo chefe de governo em troca de sua parceria para que seus negócios crescessem. Esta empresa, cuja sede foi objeto de registros no marco desta mesma operação, contratou como administrador durante alguns anos Carlos Santos Silva, empresário e amigo pessoal de Sócrates também detido e preso. De fato, Silva é o nome apontado como testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro com uma conta milionária em seu nome. A revista "Sol" revela, além disso, que as autoridades "congelaram" 17 milhões de euros desta conta. Meios de comunicação lusos informam hoje que a Justiça francesa não recebeu, por enquanto, nenhuma solicitação por parte de seus colegas portugueses para investigar a vida que Sócrates levava em Paris, e destacam a colaboração da Suíça como peça-chave na investigação contra o ex-primeiro-ministro. EFE otp/ff

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