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Ex-policial acusado de crimes durante ditadura argentina é preso no Brasil

Internacional|

Rio de Janeiro, 7 jul (EFE).- A Polícia Federal capturou em Porto Alegre o ex-policial argentino Roberto Óscar González, procurado pela Interpol e acusado de crimes contra a humanidade durante a última ditadura militar na Argentina, informaram nesta terça-feira fontes oficiais. O ex-policial, de 64 anos, era procurado pelo governo argentino, que oferecia uma recompensa de US$ 60 mil por informações que levassem ao seu paradeiro, e responde a crimes como sequestro, cárcere privado, tortura, ameaça, genocídio, associação a grupo terrorista e roubo qualificado, entre outros, segundo um comunicado da PF. Os crimes dos quais é acusado foram cometidos entre 1976 e 1997, segundo a nota. González foi detido na segunda-feira em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, durante uma operação de inteligência que descobriu que o ex-policial estava foragido junto com outro ex-agente argentino, Pedro Osvaldo Salvia, de 63 anos, acusado dos mesmos crimes e que morreu no dia 17 de junho em um hospital no Brasil. "Os dois eram procurados no Brasil há mais de dez anos e foram localizados em Viamão, onde viviam", diz o comunicado. O ex-policial foi conduzido à carceragem da Polícia Federal em Porto Alegre e será encaminhado a uma penitenciária da região até que o Supremo Tribunal Federal se pronuncie sobre sua extradição. O STF já tinha recebido um pedido de extradição da Argentina devido às suspeitas de que o foragido estivesse no país e ordenou sua detenção com fins de extradição. O corpo do outro policial se encontra no Instituto Médico Legal de Porto Alegre. González e Salvia foram incluídos em uma lista de 16 agentes repressores acusados de crimes contra a humanidade divulgada em 2009 e pelos quais o governo argentino oferecia recompensas. Os crimes ocorridos entre 1976 e 1983 durante a última ditadura militar na Argentina foram declarados imprescritíveis pela Justiça do país em 2007. Segundo números oficiais, em torno de 18 mil pessoas desapareceram durante a última ditadura militar na Argentina, mas algumas organizações de direitos humanos elevam o número de vítimas para 30 mil. EFE cm/rpr

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