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Execução de brasileiros causa revolta e atrito diplomático entre Brasil e Indonésia

Pedido de Dilma foi negado; organizações de direitos humanos tentaram reverter as penas

Internacional|Do R7

Marco Archer Cardoso Moreira foi o primeiro brasileiro executado
Marco Archer Cardoso Moreira foi o primeiro brasileiro executado Marco Archer Cardoso Moreira foi o primeiro brasileiro executado

As execuções dos brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, e Rodrigo Gularte, 42 anos, chegaram a balançar as relações diplomáticas entre Brasil e Indonésia, país onde eles morreram, em 2015, após condenação por pena de morte sob a acusação de tráfico de drogas.

O carioca Moreira foi o primeiro cidadão brasileiro na história a ser executado por pena de morte. O país acompanhou apreensivo as últimas tentativas de seus defensores reverterem a pena. Mas nem memo os apelos da presidente Dilma Rousseff ao seu colega, Joko Widodo, obtiveram êxito.

Dilma pediu ao presidente da Indonésia que Moreira e Gularte não fossem executados. A recusa do governo indonésio contrariou a presidente. Widodo disse que todos os trâmites legais, de acordo com a jurisdição local, foram seguidos. 

Rodrigo Gularte também teve o pedido de clemência negado
Rodrigo Gularte também teve o pedido de clemência negado Rodrigo Gularte também teve o pedido de clemência negado

Dilma, então, afirmou que a execução do brasileiro afetou "gravemente" as relações entre os dois países, dizendo-se "consternada e indignada" no momento da execução de Moreira.

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Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, também pediram ao governo local para evitar a execução, mas tiveram seus apelos negados.

Moreira foi detido em 2004, quando tentou entrar na Indonésia, pelo Aeroporto Internacional de Jacarta, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta, esporte que praticava. O aparelho de raio-x detectou a droga e, mesmo tendo conseguido fugir em seguida, o brasileiro foi capturado duas semanas depois.

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Moreira foi executado junto com outros quatro presos. As cinzas do brasileiro foram entregues à tia dele, Maria de Lourdes Archer Pinto, que foi à Indonésia para acompanhar os últimos momentos do sobrinho.

Natural de Foz do Iguaçu, Paraná, Gularte morreu ao lado de outros sete condenados – dois australianos, quatro africanos e um indonésio – no fim de abril, provocando mais uma onda de indignação em todo o mundo.

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Gularte não tinha consciência da execução até instantes antes do fuzilamento

Ele havia ficado mais de 10 anos encarcerado, após ter sido preso em 2004 com 6 kg de cocaína dentro de uma prancha de surf. No ano seguinte, foi condenado à morte. 

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Gularte, que aparentava estar em delírio dias antes da execução, foi alvejado de madrugada na prisão da ilha de Nusakambangna, em Java Central. Nem os pedidos clemência da família, que mostrou às autoridades boletins médicos confirmando que ele era tinha esquizofrenia, foram aceitos pelo governo da Indonésia.

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