A Procuradoria Militar dos Estados Unidos pedirá a pena de morte para o sargento Robert Bales, acusado de matar 16 civis afegãos no último dia 11 de março, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira (19) pelas Forças Armadas.
Segundo a procuradoria, Bales, de 39 anos, "abandonou" sua base militar no sul do Afeganistão, se dirigiu ao povoado próximo de Balandi, onde atacou vários civis, retornou à base e se dirigiu à aldeia de Alkozai, onde matou outros tantos civis.
No total, o militar americano é acusado de ter assassinado 16 civis afegãos, nove deles crianças, e de havê-lo feito de forma "deliberada" e "pontual", após tomar álcool clandestinamente com outros soldados.
Barack Obama mostra determinação sobre regulamentação das armas de fogo
Durante as audiências realizadas em setembro, o capitão David Godwin reconheceu que ingeriu bebidas alcoólicas - que tinham introduzido na base escondidas em garrafas de água - junto com o sargento Bales e outro soldado na noite dos fatos.
Após isso, Bales teria se dirigido à primeira aldeia onde realizou vários disparos e causou várias mortes, para depois retornar à base e acordar um companheiro, a quem explicou o que acabara de fazer. No entanto, o soldado a quem Bales se confessou, o sargento Jason MCLaughlin, não o levou a sério e não fez nada para deter o segundo tiroteio.
"Pensei que era ridículo, que estava fora da realidade", declarou MCLaughlin. Por sua parte, um dos advogados defensores civis de Bales, John Henry Browne, apontou em algumas entrevistas que seu cliente pode ter sofrido um transtorno de estresse pós-traumático devido a uma contusão cerebral que sofreu em uma das três missões prévias que cumpriu no Iraque.