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'Explosivos entraram no Líbano de forma ilegal', diz engenheiro

Kamal Kamal sofreu o impacto da explosão na capital do Líbano e teve o escritório todo destruído. 'Pensei que fosse um atentado', afirmou

Internacional|Christina Lemos, da Record TV

Libanês Kamal Kamal teve o escritório todo destruído
Libanês Kamal Kamal teve o escritório todo destruído Libanês Kamal Kamal teve o escritório todo destruído

Kamal Kamal é libanês, casado com uma cubana,teve seu escritório, com duas paredes de vidraças completamente destruído com a explosão na capital do Líbano. Ele estava a apenas 2 km do ponto da explosão no porto de Beirute que deixou mais de 100 mortos e 4 mil feridos.

Kamal diz que o material explosivo - nitrato de amônio - estava armazenado no porto há mais de dez anos. "Primeiro pensei que fosse um atentado, depois ficamos sabendo que foi o armazém de explosivos. Estes explosivos entraram de forma ilegal, estavam no porto há 11 anos. Deviam ter buscado outro lugar para armazená-lo."

Relata que na primeira explosão, a vidraça à sua frente ruiu. Ele se levantou da mesa de trabalho para escapar. Ao se virar de costas para a vidraça, a segunda explosão o atirou no chão.

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"Quando ouvi a primeira explosão, levantei da cadeira. Na segunda explosão levo um empurrão e cai no chão. Bati a cabeça, costas e no pescoço. Fiquei meio artodoado, cheio de escombros e pó de vidro. Todo o telhado foi abaixo. A parte metálica se levantou do cimento. A gente tinha um quadro grande com luz externa, foi tudo abaixo. Me levantei, saí às ruas pelos escombros vejo mulheres, homens, gente chorando."

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Brasileiros que moram no Líbano também foram atingidos pela explosão.

A estudante Karim Riman disse: "A gente estava com medo, era um terremoto, era um ataque?"

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A família do biólogo Tarek Rimam mora há sete anos no Líbano e a dez minutos da região portuária. "A gente está em choque, meio nervoso pelo que aconteceu foi tudo muito rápido e pegou a gente de surpresa", disse. "Começou tudo a tremer, as janelas caíram. O ar condicionado explodiu. Tem porta que ficou emperrada pela força da explosão."

A guia turística Amanda Kaddisi estava na rua em um dos arredores de Beirute. "Eu tava com meu filho, tentei manter a calma pra ele não entrar me pânico vendo tudo aquilo. Porque a gente não sabia se podia acontecer uma segunda explosão. A gente não sabia nem como foi, onde foi direito, então você fica assim sem saber o que fazer".

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A dona de casa Nádia Jarouche preparava o almoço no momento da explosão. "Comecei a chorar, fui buscar meu filho e a casa ainda tremendo. Foi um pânico geral, agora as coisas estão mais tranquilo."

E estudante goiana Rima Hachtem está há três anos morando no Líbano. "A minha primeira vez que eu senti vive, senti, realmente o medo de perto."

Ele bateu com a cabeça, mas conseguiu escapar. Seu carro estava relativamente distante, numa área com menos escombros. Ele alcançou o carro e guiou para casa. Mas considera que se salvou por milagre.

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