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Falta de estabilidade em Gaza pode levar a nova guerra, alerta ONU

Região ainda não possui um governo efetivo; Hamas diz que se prepara para novo conflito

Internacional|

Última ofensiva militar israelense na faixa de Gaza começou em julho e durou cerca de 50 dias
Última ofensiva militar israelense na faixa de Gaza começou em julho e durou cerca de 50 dias Última ofensiva militar israelense na faixa de Gaza começou em julho e durou cerca de 50 dias

Ainda não existe um governo palestino efetivo ou unido na faixa de Gaza, e a menos que se obtenha estabilidade rapidamente, outro conflito irá engolfar o território, alertou uma autoridade de primeiro escalão da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

O diretor de operações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) em Gaza, Robert Turner, disse que a extensão dos danos e do número de desabrigados desde a guerra de julho e agosto foi pior do que se pensava a princípio. As estimativas mais recentes indicam que a reconstrução levará de dois a três anos se tudo correr bem, afirmou.

“Não vejo um governo nacional de consenso governando efetivamente Gaza”, disse Turner, referindo-se ao gabinete de tecnocratas acordado em junho entre a Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente, e o movimento islâmico Hamas, que controla Gaza.

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“Se não houver estabilidade política, acho que se não tivermos um governo nacional palestino, acho que se não tivermos pelo menos um alívio no bloqueio, sim, haverá outra guerra”, declarou Turner a repórteres.

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Israel concordou em amenizar seu bloqueio nas fronteiras do enclave palestino e facilitar a entrada de materiais de reconstrução e outros bens, mas condiciona tudo a um governo de reconciliação que assuma o controle total do território.

As diferenças contínuas entre o Hamas e a Autoridade Palestina, especialmente a respeito do pagamento de salários a funcionários do movimento militante, manteve as tensões em alta em Gaza, e a entrada de bens na localidade foi interrompida.

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Depois que um foguete foi disparado de Gaza na semana passada, Israel fechou as fronteiras durante três dias.

Economistas de Gaza estimaram que até 400 caminhões de equipamento, de concreto a material de construção e maquinário, são necessários todos os dias pelos próximos seis meses para atender à demanda, mas até agora só cerca de 75 caminhões fizeram entregas.

“Sei que existe frustração com o ritmo da reconstrução”, afirmou Turner, acrescentando que há esforços em andamento para implementar totalmente um mecanismo negociado pelo coordenador especial da ONU no Oriente Médio, Robert Serry, para acelerar a entrega de produtos.

O mecanismo depende de um monitoramento extremamente rígido de todos os materiais que entram em Gaza, incluindo rastreamento por satélite e vigilância por vídeo dos estoques, para garantir que nada se perca e termine sendo usado pelos militantes para atacar Israel.

“Há uma série de pontos fracos, de gargalos, e o mecanismo é um só”, disse Turner. “Precisamos de avanço político, ou não teremos os recursos para a reconstrução, independentemente de qual mecanismo temos”.

Em uma conferência no mês passado, doadores internacionais prometeram 5,4 bilhões de dólares em ajuda para os 1,8 milhão de palestinos de Gaza, com cerca de metade disso contingenciado para reerguer das estimadas 800 mil casas danificadas ou destruídas durante o conflito de sete semanas.

Turner acredita que o volume de materiais pode aumentar muito caso se obtenha uma estabilidade política, e se Egito e Israel suspenderem totalmente seu bloqueio conjunto.

Por outro lado, o braço armado do movimento islamita Hamas, os Batalhões de Ezedin al-Qassam, se prepara para uma nova guerra com Israel que será, segundo um comunicado, "a mais dura da história do movimento sionista". "Nossa próxima vitória será a mais dura na história do movimento sionista", diz um comunicado divulgado nesta quarta-feira (5) pela milícia.

Os preparativos do Hamas para uma nova guerra incluem a reconstrução de túneis sob a faixa de Gaza, assim como de seu arsenal de mísseis, já havia informado a imprensa palestina há três semanas.

"Estamos nos preparando e equipando para uma maior vitória que a que conseguimos na última batalha", disseram os Batalhões em seu comunicado de hoje, no qual acrescentaram que Israel "pagará um preço muito alto por suas práticas criminosas", entre as quais menciona a "judaização de Jerusalém".

A Anistia Internacional denunciou também nesta quarta, em um relatório intitulado "Famílias sob os escombros: ataques israelenses contra casas habitadas" que o exército de Israel matou muitos civis palestinos em ataques a residências que, em alguns casos, podem ser considerados "crimes de guerra" e que demonstrou uma "cruel insensibilidade" em seus bombardeios.

Por sua vez, as milícias palestinas dispararam contra o território israelense mais de 5 mil mísseis, ação que a AI considerou também um crime de guerra no mesmo relatório.

"Os grupos armados palestinos também cometeram crimes de guerra, lançando indiscriminadamente milhares de mísseis sobre Israel e matando seis civis (cinco adultos e uma criança)", diz o documento no que cabe à parte palestina. 

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