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FBI admite erros em testemunhos de casos envolvendo pena de morte

Internacional|

Washington, 19 abr (EFE).- O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI admitiram neste domingo que uma unidade legista deu testemunhos com erros em 257 julgamentos por mais de duas décadas, entre eles em 32 casos que acabaram em sentença de morte e que resultaram na execução ou morte de 14 pessoas. Em comunicado enviado ao jornal "Washington Post", o FBI e o Departamento de Justiça afirmaram que estão revisando a atuação dessa unidade legista entre a década de 1970 e 2000, quando houve os erros. Dos 28 membros da unidade de comparação microscópica de amostras de cabelo do laboratório do FBI, 26 deram testemunhos exagerados ou equivocados sobre a análise de cabelos que favoreceram a acusação em 257 casos, 95% dos 268 julgamentos que o governo revisou até agora. Os números foram confirmados pela Associação Nacional de Advogados de Defesa Criminal (NACDL) e pelo Innocence Project, duas organizações que estão ajudando o governo americano na revisão. Os casos com testemunhos duvidosos ou análises erradas incluem os de 32 acusados que foram condenados à morte, sendo que 14 foram executados ou morreram na prisão, indicaram esses dois grupos ao jornal. Os acusados e os promotores federais e estaduais em 46 estados dos Estados Unidos e o Distrito de Columbia estão sendo notificados à medida que avança a revisão para determinar se há base suficiente para apelações em alguns dos casos. O Departamento de Justiça e o FBI afirmaram que estão "comprometidos a assegurar que os acusados afetados serão notificados dos erros do passado e que será feita justiça em cada instância", segundo o comunicado conjunto. "O Departamento (de Justiça) e o FBI também estão comprometidos a garantir a precisão dos futuros testemunhos de análise de cabelos, assim como a aplicação de todas as disciplinas da ciência legal", acrescentou o comunicado. O FBI indicou que revisará 2.500 casos nos quais o laboratório legal da agência analisou uma amostra de cabelo entre 1972 e 1999. A investigação do governo sobre o tema começou em 2012, depois de o "Washington Post" denunciar que algumas análises erradas de cabelo poderiam ter levado à condenação de centenas de pessoas potencialmente inocentes desde pelo menos a década de 1970, em casos de assassinato, estupro e outros crimes violentos. EFE llb/cd

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