Autoridades decidiram fechar praia causando polêmica
ReutersO fechamento de uma pequena faixa de areia na côte D' Azur, na França, durante a estadia do rei Salman, da Arábia Saudita provocou polêmica entre os moradores e a prefeitura de Vallauris, por um lado, e os interesses do Estado, de outro.
A prefeitura invalidou a decisão da prefeita, Michelle Salucki, que na manhã desta terça-feira (21) tinha paralisado, por falta de permissão municipal, as obras que estavam sendo realizadas para fechar o acesso ao público da praia de Mirandole.
"A prefeita fez o que estava em suas mãos, mas no final é o Estado que manda", disse à Agência Efe um resignado funcionário do gabinete da prefeita, que se esforçou para minimizar o assunto.
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A porta-voz municipal fez notar que o pedaço de praia em questão — de apenas 200 metros — será fechada ao público unicamente durante a presença do monarca saudita e de seus familiares, que tem uma grande propriedade, l'Aurore, logo em cima da passagem subterrânea que dá acesso a Mirandole.
Ele reconheceu que "é normal garantir a segurança de um monarca" e que, inclusive em outras partes da côte D'Azur é relativamente comum restringir o acesso às praias quando são visitadas por personalidades, como acontece durante o Festival de Cannes.
Também destacou que a família do rei Salman não ocupou essa propriedade, que já tinha pertencido a Aga Khan (o imame dos ismaelistas) há 15 anos.
Na semana passada, a prefeitura interveio para paralisar as obras de fechamento do acesso subterrâneo. E constatou que havia sido colocada na mesma praia uma placa de concreto, aparentemente para um elevador que permitiria descer diretamente aos cômodos da mansão.
Segundo a imprensa local, a delegação saudita que acompanhará Salman, alguns chegaram na semana passada, é composta por 500 pessoas.
Uma parte ficará hospedada nos hotéis mais exclusivos da vizinha Cannes.
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